25 de maio de 2018

O fracasso de um governo

A  mobilização dos caminhoneiros que chega hoje (25) ao quarto dia mostra o total fracasso do Governo Federal na ausência de uma política eficiente e voltada para o fortalecimento da economia. O governo do presidente Michel Temer (MDB) perdeu totalmente o controle da economia e caminha para fechar seu último ano com mais de 90% de impopularidade. 
Sucessor da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment em 2016, Temer caminha para o mesmo destino da petista, sepultando de vez eventuais projetos políticos e contribuindo para o desgaste do seu partido, o MDB. 
Ontem, em apoio ao presidente Temer, a Petrobras distribuiu nota à imprensa informando que em reunião realizada na tarde de quarta-feira decidiu reduzir em 10%, equivalente a R$ 0,2335 por litro, o valor médio do diesel comercializado em suas refinarias. Com isso, o preço médio de venda da Petrobras nas refinarias e terminais sem tributos será de R$ 2,1016 por litro. Este preço será mantido inalterado por período de 15 dias. Após este prazo, a companhia retomará gradualmente sua política de preços aprovada e divulgada em 30 de junho de 2017.
O curioso da nota é que a decisão será aplicada apenas ao diesel e tem como objetivo permitir que o governo e representantes dos caminhoneiros tenham tempo para negociar um acordo definitivo para o contexto atual de greve e, ao mesmo tempo, evitar impactos negativos para a população e para as operações da empresa.
A Petrobras diz ainda que a medida é de caráter excepcional e não representa mudança na sua política de preços. A Petrobras e o governo não acreditaram no poder de força dos caminhoneiros. Se não houver um acordo, o governo Temer vai colecionar também a pior crise econômica da história.  O protesto dos caminhoneiros causou um efeito dominó e trouxe sérios prejuízos para a economia do Brasil. 
A expectativa da indústria é que o acordo privilegie o equilíbrio, e que os interesses de grupos não se sobreponham aos dos demais setores da sociedade ou onerem ainda mais os custos de produção. A greve já está afetando a produção e a distribuição de bens.

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