25 de maio de 2011

Briga entre sindicatos vai parar na delegacia de polícia

Depois de vazar para imprensa nacional, a disputa sindical pelo controle de 40 mil trabalhadores que estão empenhados na construção das usinas do Rio Madeira, em Porto Velho, agora foi parar na delegacia de polícia.


A Polícia Civil começa nesta quinta-feira (26) a colher depoimentos de representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil do Estado de Rondônia (Sticcero) e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Sintrapav). O primeiro é filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o segundo a Força Sindical.


A briga entre os dois sindicatos foi parar até em vídeos no YouTube, onde dirigentes do Sticcero aparecem em imagens fazendo supostas negociações para demitir das obras de Jirau quem não se submete ao seu comando. Há ainda acusações de suposto uso indevido de contribuições trabalhistas arrecadadas. Os vídeos foram divulgados pelo ex-funcionário do sindicato, Danny Bueno, que também move uma ação contra o Sticcero.


A disputa sindical começou no ano passado, quando Antonio Acácio Amaral, que presidia o Sticcero havia menos de dois meses, foi afastado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por supostas irregularidades no comando do sindicato. Amaral, que é presidente da Força Sindical em Rondônia, acusa a CUT de conluio para colocar no Sticcero alguém vinculado ao PT. Ele é filiado ao PDT.


Para o delegado Hélio Teixeira Lopes Filho, diretor da divisão de repressão ao crime contra o patrimônio, da Polícia Civil, o resultado imediato dessa briga é a completa insegurança transmitida aos trabalhadores. "Os sindicatos estão desacreditados e os funcionários, perdidos."

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