26 de dezembro de 2012

Cesar Cassol anuncia operação de guerra em Rolim

Prefeito eleito de Rolim, Cesar Cassol. Foto Roni Carvalho

Porto Velho, Rondônia - O verdadeiro administrador só é conhecido como bom gestor no momento de crise financeira. A afirmação é do prefeito eleito do município de Rolim de Moura, empresário César Cassol (PP), que admite encontrar pela frente vários problemas na prefeitura, somados com a queda na arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que atingiu todas as prefeituras. “A expectativa da população é grande e não podemos decepcionar”, admitiu.
Empresário no ramo do setor elétrico, solteiro, pai de quatro filhos e um neto, Cesar Cassol nasceu na cidade de Maravilha (SC). Já ocupou vários cargos públicos. Foi prefeito do pequeno município de Santa Luzia, deputado estadual por dois mandatos e diretor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Ele conta com longa experiência da vida pública para mudar o destino econômico e administrativo do município.

Diário – O que a população de Rolim de Moura pode esperar do novo prefeito?
Cesar Cassol – O nosso desejo é proporcionar dias melhores à população. Sabemos que vamos encontrar muita dificuldade financeira em decorrência da crise internacional que atingiu o Brasil, mas o bom administrador só é conhecido como bom gestor no momento de crise.
Diário – O senhor já tomou conhecimento da situação administrativa e financeira do município?
Cesar – Até o momento o atual prefeito não abriu as portas para a equipe de transição. Não sabemos a dívida da prefeitura e estamos com dificuldades na transição. Mas já temos conhecimento prévio que enfrentaremos muitos problemas pela frente. Para se ter uma ideia, o município deixou de pagar R$ 2 milhões do fundo de previdência dos servidores e agora parcelou a dívida. Quem vai pagar será eu. Foram compradas 4 caçambas, mas o município só recebeu 2.
Diário – Quem serão seus assessores?
Cesar – Ainda não definimos a nossa equipe, mas será composta por um número pequeno de secretários e o vice-prefeito Luizão do Trento (PSDB). Vamos reduzir a quantidade de servidores comissionados e cortar gastos com combustível, diárias e material de expediente. Por outro lado, estamos negociando parcerias com o governo para ajudar a socorrer o município.
Diário – Esse ano, o município enfrentou escassez com a falta de água. Como conduzir esse problema em 2013?
Cesar – A Companhia de Água e Esgoto de Rondônia deixou muito a desejar nos últimos anos. Não fez investimentos e quem pagou o preço alto pela falta de planejamento foi a população. Muitos bairros ficaram sem água tratada no período da seca.
Diário - No período da chuvas, várias prefeituras enfrentam problemas na área da saúde. O município corre o risco de dengue?
Cesar – A partir do dia primeiro, vamos montar um verdadeira operação de guerra no município que vai atingir serviços os serviços de coleta de lixo, limpeza de córregos e ruas. A saúde é nosso desafio. Sabemos que falta tudo no hospital regional, mas o município não tem condições de tocar essa unidade sem ajuda dos governos.
Diário – No campo econômico, o que fazer para gerar empregos?
Cesar – O orçamento do município para o ano que vem foi fixado em R$ 80 milhões e está aprovado pela Câmara. Vamos incentivar os bancos a proporcionar maior oferta de linha de crédito ao pequeno agricultor, o que vai influenciar no comércio local. O município será parceiro das agências bancárias, até por que, os salários dos servidores são depositados nessas agências. A contrapartida é mais que justa.
Diário – Recentemente, os servidores públicos aderiram a uma greve geral. Como será seu relacionamento com o funcionalismo?
Cesar – Será o melhor. Sabemos que o atual prefeito reduziu pela metade os vencimentos dos servidores estatuários.
Diário – Como será relacionamento com o governo?
Cesar – O melhor possível. Vamos discutir com o governo a proposta do município assumir o licenciamento ambiental, hoje executado pela Sedam. Isso facilitaria a vida do homem do campo, que não precisaria se deslocar até a capital para resolver problemas. Por outro, facilitará a vida dos agricultores, que poderão contrair linhas de créditos junto aos bancos.
Diário – O município, em função da queda de repasse do FPM, terá condições de gerenciar esse ano o hospital regional?
Cesar – O Estado precisa oferecer uma contrapartida para tocar essa unidade de saúde. Faltam medicamentos e material hospitalar. O setor de saúde também será alvo dessa “operação de guerra”. Diário – E o relacionamento com a bancada federal?
Cesar – Conseguimos assegurar junto com a bancada federal a importância de R$ 50 milhões para investimentos em 2013 na área da agricultura, saúde e educação. Tenho bom relacionamento com os três senadores e oito deputados federais. O processo eleitoral chegou ao fim. Agora é hora de muito trabalho. 

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