Vereadores Neiton Bento (e) durante visita à redação |
O
clima na Câmara Municipal de Candeias do Jamari continua tenso, e o
pivô de tudo seria o ex-prefeito e ex-deputado federal, Lindomar
Alves, o Garçon, que estaria articulando manobra para destituir a
atual composição da Mesa Diretora, presidida pelo vereador Neilton
Bento (Pros), adversário do atual prefeito Dinho Sousa, tio de
Garçon.
De acordo com Neilton, que esteve no Diário acompanhado do 2º secretário, vereador João Gadelha (PDT), tudo começou com o processo de cassação do prefeito Dinho, acusado de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2012, quando obteve 3.144 votos válidos (24,73%) contra 3.103 (24,41%) do professor Raimundo.
De acordo com Neilton, que esteve no Diário acompanhado do 2º secretário, vereador João Gadelha (PDT), tudo começou com o processo de cassação do prefeito Dinho, acusado de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2012, quando obteve 3.144 votos válidos (24,73%) contra 3.103 (24,41%) do professor Raimundo.
No
último mês de março, o juiz Eleitoral, Carlos Augusto Teles de
Negreiros, determinou a diplomação do professor, mas uma liminar do
juiz Federal, Herculano Martins Nacif, manteve Dinho no cargo, sob a
alegação de que a medida seria desproporcional, ao conceder efeito
imediato. Para surpresa dos candeienses, Dinho renunciou ao cargo com
a pretensão de concorrer a outro cargo nas eleições gerais deste
ano. Com isso, assumiu o vice Francisco Sobreira, conhecido como
“Careca”.
Como
dos nove vereadores de Candeias, seis são da base do Executivo
(Bejim (PV), Haia (PV), Miguelzinho (PV), Júnior Silva (PP), Carlos
César (PC do B) e Brito da Bicicletaria (Solidariedade), a
estratégia do grupo de Garçon, segundo Neilton e Gadelha, é
destituir a atual Mesa Diretora para eleger presidente o sobrinho do
ex-deputado federal e ex-prefeito, o vereador Claudiomar Lemos, o
Haia, que em seguida assumiria a prefeitura com a possível renúncia
ou confirmação da cassação do “Careca”.
Para o presidente da Câmara, que antes de ser vereador atuava como comerciante na cidade, a insatisfação por parte do prefeito e do grupo aliado, deve-se ao trabalho transparente que vem sendo realizado na Casa. “Com o mesmo orçamento da Mesa anterior, reformamos a Câmara, compramos equipamentos e isso tudo tem desagradado a esse grupo, que tem enfrentado também a mobilização da população, que nos apoia”, afirmou.
Para o presidente da Câmara, que antes de ser vereador atuava como comerciante na cidade, a insatisfação por parte do prefeito e do grupo aliado, deve-se ao trabalho transparente que vem sendo realizado na Casa. “Com o mesmo orçamento da Mesa anterior, reformamos a Câmara, compramos equipamentos e isso tudo tem desagradado a esse grupo, que tem enfrentado também a mobilização da população, que nos apoia”, afirmou.
Renúncia
e aprovação de processo sob vaias do público
Na
tentativa de colocar o plano em prática, segundo Neilton e Gadelha,
na manhã do último dia 7, cinco dos vereadores aliados ao prefeito
entraram com requerimento junto ao setor financeiro da Câmara
pedindo uma série de informações “de imediato”. Diante da
impossibilidade de os servidores atenderem, em função também da
ausência do chefe imediato, os vereadores teriam mantido os
servidores numa espécie de cárcere privado, até a chegada do
diretor, Sérgio Pastor, que respondeu a parte dos questionamentos no
dia seguinte e pediu prazo de 10 dias para os demais. Ainda no dia 7,
o grupo se reuniu com Neilton e pediu para que o mesmo renunciasse à
Presidência e em troca não teria investigadas possíveis
irregularidades. “Eles me deram prazo até a terça-feira. Não
aceitei renunciar e sugeri que se houvesse alguma suspeita contra
mim, encaminhassem pedido de investigação ao Tribunal de Contas do
Estado, pois é o órgão competente”, disse Neilton, completando
que à noite, durante a sessão ordinária, os vereadores Júnior
Silva (1º secretário) e Carlos César (vice-presidente) pediram
renúncia da Mesa e entraram com novo requerimento, desta vez para
abertura de processo para apurar irregularidades do presidente. “O
mais interessante é que esse pedido não constava na Ordem do Dia.
Eu, como presidente, só soube na hora e o documento só foi
protocolado após ser aprovado sob vaias do público que assistia à
sessão. A decisão de Carlos César contrariou, inclusive,
orientação do seu partido, o PC do B”, argumentou, ressaltando o
apoio do vereador Dr Lúcio Rojas (3º secretário), também do PC do
B, que optou em ficar com a minoria da Câmara, mas a maioria da
população, que foi a responsável pelo voto que os conduziu à
Câmara.
Novo
tumulto
Os
vereadores Júnior Silva, Bejim e Miguelzinho, protagonizaram novo
tumulto, na quinta-feira, que resultou no registro de ocorrência na
Delegacia daquele município (BO 789/2014) pelo cidadão Silas da
Costa Rafael de Assis, que acusa os três de abuso de poder pelo fato
de ter sido expulso da Câmara. Segundo o denunciante, os três
vereadores registravam na sessão o trabalho realizado nas imediações
por pedreiros de uma empresa terceirizada. Ao questionar por que os
mesmos não fiscalizavam obras na cidade, foi iniciada uma discussão
seguida de agressão e expulsão de Silas Rafael, que ainda
acusa Bejim e Júnior da Silva de ameaça de morte. “Os dois
estavam bastante nervosos, me cercaram e o Bejim me pegou pelo
colarinho e me chamou para brigar no campo de futebol, atrás da
Câmara, me xingou e ameaçou de morte”. (Diário da Amazônia)
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