O estado de Rondônia abateu no ano passado mais de 68,3 mil cabeças de boi, ultrapassando a Bahia (34,92 mil cabeças), Rio Grande do Sul (31,34 mil cabeças) e Santa Catarina (23,95 mil cabeças). O estudo foi divulgado pelo Instituto de Geografia e Estatísticas (IBGE) na última quarta-feira e revela que o setor produtivo do Estado está em amplo processo de crescimento, após a crise financeira com o fechamento de vários frigoríficos no Brasil. Já as reduções foram no Pará (-86,95 mil cabeças), Tocantins (-42,46 mil cabeças), Maranhão (-38,23 mil cabeças) e Acre (-25,67 mil cabeças).
Rondônia tem uma população bovina de mais de 13 milhões de cabeças e parte da carne abatida ingressa no mercado internacional, impulsionando as exportações. O estudo divulgado pelo IBGE destaca de modo geral que o mercado da carne está em amplo crescimento após três anos de queda. Esse crescimento foi de 3,8% em 2017, atingindo 30,83 milhões de cabeças. O abate de suínos cresceu 2,0%, chegando a 43,19 milhões de cabeças, um recorde na série histórica, iniciada em 1997. Já o abate de frangos, depois de quatro anos de altas, recuou 0,3% frente a 2016, totalizando 5,84 bilhões de cabeças de frango.
Com o número de abate crescendo, aumenta também a necessidade do Governo Federal estruturar os órgãos de fiscalização e controle, principalmente a Superintendência Federal da Agricultura (SFA) nos Estados. Essa superintendência é ligada ao Ministério da Agricultura a Abastecimento (Mapa), do Governo Federal. Em alguns Estados, ainda é pequeno o número de funcionários que atuam no setor de fiscalização dos frigoríficos. Em Rondônia não é diferente. A força de trabalho não é suficiente para atender à demanda. Os números apresentados pelo IBGE poderia ter ultrapassado o crescimento de 3,8%.
Segundo dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafigo), a carne se tornou o principal item de exportação do Estado responsável por 60% do faturamento, colocando Rondônia no ranking dos Estados exportadores de carne bovina. O Estado já ocupou a quarta posição no ranking nacional. Outros países negociam a abertura de negócios com o Brasil e o Governo Federal tem feito uma campanha de divulgação importante.
O Brasil é de fato um dos maiores exportadores de carne e o comércio internacional tem fome em provar o alimento. No entanto, o maior consumidor do produto é a própria população brasileira, que ainda paga um preço elevado para levar o produto à mesa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário