31 de março de 2011
Ministério Público pede embargo das obras de Jirau, em Porto Velho
30 de março de 2011
RO tem dois representantes na Comissão de Orçamento: Estado foi penalizado em R$ 34,4 mi
27 de março de 2011
Exclusivo: Seis mortes em menos de um ano nas usinas do Rio Madeira
Valter Sousa Rosa – morto eletrocutado em maio de 2010, na obra de Jirau, no Rio Madeira.
Renam – morto em afogamento no Rio Madeira, próximo a obra de Santo Antônio.
Francisco da Silva Melo – esmagado nas engrenagens de um britador no canteiro da usina de Jirau, em 25 de julho de 2010.
João Edcarlos Sá de Jesus – Esmagado pela máquina lançadora de concreto nas obras da Usina Santo Antônio, no Rio Madeira.
Erivaldo dos Santos Pinho – esmagado por um elevador que se desprendeu de uma usina de asfalto na BR – 364, em 31 de dezembro de 2010.
Niosvaldo Santos Silva – morto em 23 de maio de 2010, nas obras da BR 364.
Clique AQUI e veja o vídeo e a estatística.
25 de março de 2011
Decisão revista: agora a energia de Santo Antônio ficará em RO
O diretor-superintendente da empresa, José Bonifácio Pinto Junior, admitiu ontem que mandará metade dessa energia para Cuiabá (MT) e a outra parte vai ficar mesmo em Rondônia. Ele explicou que a demanda tem crescimento com a chegada de novas indústrias no Estado. Citou como exemplo as empresas Votorantim, Alstom e Bardella. "Além dessas empresas, outras fornecedoras das usinas garantem o consumo da energia gerada aqui", afirmou.
No início deste ano, informando que a energia gerada em Rondonia teria como destino a cidade de São Paulo (SP), conforme noticiado no dia 4 de março de 2010: "Energia gerada em RO não ficará no Estado". Rondonia serviria de barriga de aluguel, mas decisão teve de ser repensada pelo grupo.
PLANALTO PREOCUPADO - Enquanto as obras em Jirau continuam paralisadas, o Palácio do Planalto se mobiliza em Brasília para agilizar a retomada do projeto, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Uma reunião foi programada para acontecer na próxima terça-feira em Brasília com o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e representantes da Força Sindical e Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Ontem, o presidente da CUT, Paulo Pereira da Silva, sugeriu a criação de um grupo de trabalho para negociar a retomada das duas obras e admitiu que as lideranças sindicais não tem experiência para negociar com multidões.
24 de março de 2011
Brasília: Paulinho da CUT diz que em Jirau não tem líder para resolver impasse
Eles reforçaram a necessidade de encontrar uma saída com urgência para retomada das obras em Jirau. "É preciso estabelecer um mínimo de regras nas relações trabalhistas. Muitos dos serviços foram terceirizados, alguns deles até quarteirizados. Não dá para colocar 20 mil homens trabalhando sem um mínimo de organização", afirmou o presidente da CUT, Artur Henrique. "Há dois anos a CUT avisava que poderia dar problema nas obras. Defendemos contrapartidas sociais para que essas obras sejam realizadas", afirmou ele.
Para os sindicatos, o momento de resolver os problemas é agora, enquanto as obras estão no início. Pelos cálculos da Força Sindical, quando o PAC estiver em pleno funcionamento - incluindo as obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016 - cerca de 1 milhão de pessoas estarão trabalhando nos diversos canteiros de obras do país. "Se não resolvermos agora, tudo ficará mais complicado mais tarde", disse Paulinho.
Wagner Bocão vai ampliar seus poderes no governo Confúcio
23 de março de 2011
Roberto Sobrinho é informado por ouvinte sobre saída de secretário. Wagner Bocão pede exoneração da Sefin
Ontem, Wagner "Bocão", secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Fazenda, teria pedido exoneração do cargo, conforme informou em sua coluna "Resenha Política", o jornalista Robson Oliveira. A mudança no governo Confúcio Moura já havia sido anunciada pelo blog na semana no último dia 14.
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22 de março de 2011
Problema em Jirau afetará cronograma da obra. BNDES, Bradesco, BB, CEF e Itaú estão apreensivos
Victor Paranhos representa a GDF Suez, maior acionista de Jirau. A preocupação foi demonstrada durante reunião ontem (21) com representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e outros financiadores do empreendimento como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e o Banco do Nordeste.
No entanto, o presidente do Consócio afirmou que as prioridades da obra foram definidas e uma delas é o desvio do rio, adiado de julho para agosto, e a montagem do vertedouro que recomeçou ontem com pouco efetivo. Para concluir o vertedouro ainda faltam as comportas e equipamentos de acionamento hidráulico.
Ele explicou que antes da destruição dos acampamentos e dos ônibus, o maior risco de atraso era da linha de transmissão que vai levar energia de Jirau e Santo Antonio para o Sudeste. Prevista inicialmente para fevereiro de 2012, os dois trechos da transmissão tiveram atraso na licença ambiental. Se a transmissão não ficar pronta em 2012, o consórcio Energia Sustentável deixará de faturar cerca de R$ 1,2 bilhão com a venda antecipada de energia para o mercado livre.
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21 de março de 2011
Usina de Jirau: progresso de Jaci-Paraná está a perigo
O intenso vaivém de dezenas de ônibus, carros, motos e operários deu lugar à apreensão dos comerciantes e dos renitentes moradores do distrito nascido como estação da lendária ferrovia Madeira-Mamoré. O movimento recuou, os bolsos estão mais precavidos e poucos operários circulam pelas ruelas esburacadas e poeirentas do lugar. "As vendas caíram 70%", diz Diogo Pereira, dono de uma próspera distribuidora de bebidas em Jaci. Ele vendia 600 caixas de cerveja por semana. Desde a última quarta-feira, quando estouraram os conflitos em Jirau, o comerciante entregou apenas 10 caixas.
O medo do esvaziamento econômico, um fantasma que paira sobre o futuro de Jaci-Paraná com o fim das obras em 2013, derrubou os preços salgados da comida. O self-service da padaria Pão de Mel ficou mais barato, mas, ainda assim, as mesas permaneciam vazias no sábado.
Nos fundos da loja de Diogo Pereira, alugada por R$ 1,5 mil mensais, algumas famílias arrumavam as malas para partir de volta a suas cidades de origem. Mas o pedreiro Mauro Oliveira Cardoso, 34 anos e três deportações dos Estados Unidos por imigração ilegal, insistia em anunciar que voltará a trabalhar no canteiro da construtora Camargo Corrêa. Há três meses na obra, Cardoso esperava promoção e planejava usar o dinheiro para quitar dívidas deixadas pelas aventuras em terras americanas. "Vou ficar e esperar. Uma hora eles vão chamar o pessoal", dizia, mesmo insatisfeito com a empresa.
Perto de Jaci-Paraná, a nova vila de Mutum-Paraná, reconstruída pela Camargo em razão da futura inundação pelo lago de Jirau, ainda depende muito dos benefícios da empreiteira. Nas 1 mil casas ocupadas por remanescentes da velha Mutum e funcionários graduados da Camargo, ninguém sabe o que acontecerá depois de 2013. "Tenho dito que a gente precisa mais do que a indenização da Camargo e do salário que eles vão pagar até agosto. Mas o pessoal não quer saber disso", lamenta o presidente da associação dos moradores, Jacob Benarrosh. Gado, mudas de árvores e comércio miúdo são as alternativas.
Em Porto Velho, que se beneficia da arrecadação de impostos das usinas de Jirau e de Santo Antônio, o prefeito Roberto Sobrinho (PT) já começou a refazer as contas. Em 2008, a prefeitura recolheu R$ 41 milhões de ISS. Em 2010, superou R$ 120 milhões. Neste ano, previa-se R$ 150 milhões. Mas o êxodo de boa parte dos 22 mil operários de Jirau a suas cidades de origem deve abrir um buraco no caixa do município, às voltas com problemas de toda natureza provocados pelo inchaço da capital.
De obras de recapeamento asfáltico à reforma de postos de saúde e hospitais, Porto Velho precisa do ISS arrecadado das usinas para atender ao fluxo migratório, acrescido de 16 mil trabalhadores de Santo Antônio. "A cidade precisa de planejamento porque sabemos que isso tem prazo para acabar", diz o vice-presidente da Federação das Indústrias de Rondônia, Adélio Barofaldi."E não resta muito tempo." (MZ e Ruy Baron)
Camargo Correa não sabe quando voltará a operar máquinas em Jirau. Senado investigará obra
"Toda crítica tem que ser avaliada. E, se for correta, temos que corrigir os processos", disse Antonio Miguel. "Mas não havia movimento grevista nem pauta de reivindicações até o movimento dos vândalos".
Senado Federal - A Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou a criação de um grupo para acompanhar as obras das usinas do rio Madeira. Proposto pelo Senador Ivo Cassol (PP-RO), o grupo investigará as causas da rebelião em Jirau e a paralisação em Santo Antônio.
Na tentativa de antecipar novos problemas, o Ministério Público Federal vai criar, em conjunto com outras instituições, um "comitê de monitoramento" das obras de Jirau e da vizinha Santo Antônio, tocada pela Odebrecht. "Temos que tirar a limpo essa história, investigar causas e criar estratégias para evitar novos casos. Foi muito grave", avalia o procurador-chefe do MPF, Reginaldo Trindade.
Ele afirma que havia um "estado geral de greve" e "profunda insatisfação" dos operários por questões trabalhistas. Trindade afirma que a Camargo ainda não assinou um termo de ajustamento de conduta (TAC) para garantir direitos de rescisão e volta dos operários ao trabalho.
Fonte: Marcelo Freire com informações do jornal Valor Econômico
20 de março de 2011
MPT ajuiza ação contra Camargo Corrêa por não atender necessidades de trabalhadores
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19 de março de 2011
O Globo: Belo Monte, Sto.Antônio e Jirau têm histórico de incidentes
Até o governo da Bolívia reclamou da construção das hidrelétricas do Rio Madeira, preocupado com o risco de proliferação de doenças perto da fronteira.
Em 2009, manifestantes bloquearam a estrada que dá acesso ao canteiro de obras da Jirau para denunciar uma suposta extração de madeira ilegal. O consórcio Energia Sustentável ainda é acusado de usar métodos de trabalho que remetem à época da exploração da borracha.
Já Belo Monte, no Rio Xingu, teve problemas no leilão que definiu os responsáveis por sua construção. O processo chegou a ser cancelado duas vezes. Após a vitória do consórcio Norte Energia, a usina teve a implantação do seu canteiro de obras embargada pela Justiça do Pará.
Os trabalhos foram retomados na semana passada, após a derrubada de uma liminar. Mas a Organização dos Estados Americanos (OEA) pede ao governo brasileiro informações sobre a forma como está sendo conduzido o licenciamento para a hidrelétrica.
O órgão atende a um pedido do Movimento Viva Xingu e de outras 40 entidades socioambientais.
18 de março de 2011
Equipe da ABIN já está em RO. Dilma Rousseff pede reforço na segurança
Trabalhadores de Jirau voltam a atear fogo em acampamento do outro lado do rio
Manhã de caos em Porto Velho; Usinas de Jirau e Santo Antônio fecham as portas
Estivemos hoje visitando algumas delegacias de polícias, que estão superlotadas em decorrência de funcionários da usina de Jirau, que perderam seus documentos, consquência do fogo em seus alojamentos. Existem poucos funcionários nas delegacias para registrar tanta ocorrência nesta sexta-feira, dia 18. Recebi alguns relatos dos servidores. Eles confessaram que foram orientados pela direção do sindicato para não denunciar mortes (eles afirmam que pelo menos duas pessoas morreram no tumulto da última segunda-feira, dia 14.
17 de março de 2011
STF decide que lei sobre auxílio-moradia a promotores de RO é inconstitucional
A decisão foi tomada pelo Plenário no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3783, ajuizada pelo procurador-geral da República contra o governador de Rondônia, que sancionou a lei, e contra a Assembleia Legislativa do estado (AL-RO), que a aprovou. Na ação, o procurador-geral da República sustentou que o benefício é inconstitucional, porque não está previsto na Lei Orgânica Nacional do Ministério Público e que a competência para legislar nesta matéria é exclusiva da União.
16 de março de 2011
MPF investiga uso indevido dos Correios de RO nas eleições
15 de março de 2011
Índio Karitiana de Rondônia tenta mudar nome; Procuradoria instaura inquérito cívil público
14 de março de 2011
Secretários na berlinda: Confúcio Moura já estuda mudança no seu secretariado
Ministro do TSE mantém inalterado resultado das eleições para Assembleia de Rondônia
12 de março de 2011
Aluguel de sala na Câmara: Raupp diz que resolução isenta PMDB
10 de março de 2011
Linha de transmissão que leverá energia de RO a SP não tem autorização do IBAMA
4 de março de 2011
Rondônia vai ganhar mais duas emissoras de rádio
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3 de março de 2011
Câmara gastou R$ 5,6 milhões com verba indenizatória. Amorim consumiu R$ 65 mil com publicidade
2 de março de 2011
TCE encontra irregularidades na prestação de contas de Confúcio Moura
A análise realizada pelo TCE é relativa a prestação de contas do exercício de 2009, último ano da gestão do ex-prefeito Confúcio Moura. O relator do processo foi o conselheiro Valdivino Crispim de Souza, que encaminhou documento ao atual prefeito Márcio Londe Raposo (DEM) recomendando uma série de providências para corrigir inúmeras falhas detectadas pela corte de contas. As observações apontadas pelo conselheiro relator ganharam unanimidade pelo pleno.
De acordo com o relator, Confúcio Moura deixou ultrapassar a despesa total com pessoal do Poder Executivo em 1,77% da Receita Corrente Líquida os 90% do limite legal de 54% da Receita Corrente Líquida, conforme estabelece a LRF, no artigo 59, inciso 1II, sendo necessária a adoção das medidas previstas na LRF, no artigo 30.
"Atente à necessária a redução de gastos administrativos, com vista a levar a prática o processo eficiente de aplicação dos recursos públicos, propiciando elevação dos investimentos fundamentais a municipalidade", diz em seu relatório o conselheiro Valdivino Crispim.
O TC recomenda ao atual prefeito apresentar, no prazo de 15 dias, a comprovação sobre a diferença de R$ 316.104,37, verificada na despesas efetuadas na função educacional, verificada entre os demonstrativos do município, constantes do processo "apenso nº 1808/2009, no valor de R$ 12.677.555,64, e os dados informados no sistema da LRF-NET (proce. apenso nº 1772/2009, folha 288) no valor de R$ 12.361.451,27".
Márcio Raposo terá agora que esclarecer e comprovar detalhadamente ao Tribunal de Contas do Estado, no prazo de 15 dias, a contar da notificação, a diferença de R$ 6.066.823,35, encontrada nos dispêncios com material de consumo, resultantes dos valores registrados no Resumo Geral de Despesa (folha 106), no montante de R$ 9.687.279,37, e nas Demonstrações das Variações Patrimoniais (folha 209), na quantia de R$ 15.754.102,72.
O conselheiro solicita ainda o que o atual prefeito encaminhe ao TC as razões de tantos cancelamentos de créditos inscritos em dívida ativa, no valor de R$ 1.402.036,25, superior "inclusive aos recebimentos, elucidando se ocorrerem por falha no preenchimento dos requisitos necessários para inscrição ou se por outro motivo, bem assim que demonstre as medidas aplicadas para que excessivos cancelamentos desses créditos não se repitam".
Agora o TC quer saber os responsáveis pela movimentação financeira da Saúde e Educação e recomenda ao município adotar medidas administrativas visando a melhorar o sistema de cobrança da Dívida Ativa, tendo em vista que houve cobrança de apenas R$ 1.298.363,47 (um milhão, duzentos e noventa e oito mil, trezentos e sessenta e três reais e quarenta centavos), valor que se revela "pífio, face ao saldo anterior de R$ 12.849.947,59), tendo em vista que a efetiva arrecadação dos tributos de competência do Município constitui requisito essencial da responsabilidade na gestão fiscal, conforme dispõe a LRF, no artigo 11.