Natan preside sessão na Câmara |
Porto Velho, Rondônia - O
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim
Baborsa, deve se manifestar a qualquer momento sobre o pedido do
procurador geral da República, Roberto Gurgel, que solicitou na
última terça-feira a prisão imediata da prisão do deputado
federal Natan Donadon (PMDB).
A
informação é da assessoria de imprensa do STF, destacando que o
ministro está analisando o caso. “A ministra Carmen Lúcia,
relatora do processo, está de férias. O ministro Joaquim Barbosa
está de plantão e analisa se pode se manifestar sobre o assunto ou
se encaminhará aguardará o retorno da ministra”.
Donadon
foi condenado em 2010 a 13 anos, quatro meses e dez dias de prisão
por formação de quadrilha e peculato. No último dia 13 de
dezembro, o STF rejeitou os embargados apresentados pela defesa do
parlamentar. A decisão da rejeição dos embargados ainda não foi
publicada no Diário da Justiça. O STF tem prazo de dois meses para
publicar o ato.
Após
sofrer essa derrota na justiça, o parlamentar não foi mais visto no
Congresso. Em Rondônia, a última aparição em público de Natan
Donadon aconteceu no último dia 21 de dezembro durante solenidade de
inauguração na prefeitura de Vilhena, sul do Estado e base
eleitoral do parlamentar.
Entenda
o caso
Quando
diretor financeiro da Assembleia Legislativa, Natan Donadon foi
acusado de desviar mais de R$ 1 milhão. O processo iniciou na
Justiça comum. Como Natan foi eleito parlamentar, o processo seguiu
para o STF. No último dia 13, a ministra Cármen Lúcia reformou o
pedido de prisão.
Segundo
a ministra, o recurso não pretendia esclarecer qualquer ponto, mas
rediscutir a matéria, reabrindo o julgamento, algo que não é
possível. Todos os ministros presentes votaram da mesma forma.
“Não
há reparos a serem feitos ao acórdão, por não haver contradição,
omissão obscuridade ou erro material. E que o embargante (Natan
Donadon), ao impor os embargos, procura utilizá-los como verdadeiro
recurso de apelação com intuito de rediscussão total da matéria,
o que foi discutido de forma fundamentada e após exaustivo debate
pelo plenário deste Supremo Tribunal Federal. Os embargos
declaratórios não se prestam a debater questões que foram
enfrentadas de forma clara e explícita na decisão embargada - disse
Cármen Lúcia.
Joaquim
Barbosa concordou com a relatora na época
“O
embargante tenta usar embargos não para reparar eventual gravame
produzido em decorrência de omissão ou obscuridade, mas sim para
rediscutir matérias já apreciadas por esse plenário. Tudo isso no
intuito derradeiro de obter um novo julgamento de suas alegações”,
disse na época Joaquim Baborsa. “Percebe-se que o embargante
procura obter uma segunda chance de ter a causa julgada”,
acrescentou o ministro Dias Toffoli.
Na
sessão no último dia 13, Nabor Bulhões, advogado do parlamentar,
pediu a palavra em plenário para sustentar sua tese sobre a
discrepância entre as penas impostas a Donadon e aos outros réus
julgados na primeira instância.
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