Governadores durante debate hoje. Foto. Ag. Pará |
Porto Velho, Rondônia - Ao
participar do Fórum Estadão Regiões Norte com governadores da
Amazônia, ontem em São Paulo, o governador Confúcio Moura (PMDB)
defendeu mais rigor na realização de Estudo de Impacto Ambiental
(EIA) antes da construção de usinas na Amazônia.
“Sou
favorável que estudo precisa ser feito de forma cuidadosa e
criteriosa. As usinas são importante para Amazônia, impulsionam a
economia, mas depois trazem sérios problemas sociais para prefeitos
e governadores”, afirmou.
Confúcio
Moura citou como exemplo as usinas do Rio Madeira, empreendimento
faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Com o
funcionamentos das usinas, Rondônia perdeu R$ 178 milhões por ano
com ICMS do óleo que era utilizado na produção de energia através
de termoelétricas. Os royalties que o Estado vai receber, como forma
de compensação ambiental, será, no pico da produção energética,
de R$ 60 milhões”.
Para
o governador, a construção de eclusas no Rio Madeira é
desnecessária, neste momento. “A eclusa é importante para o
transporte de alimentos, mas o rio Madeira, em determinado trecho,
não é possível a navegação em função das cachoeiras. Portanto,
vejo desnecessária nesse momento”.
A
construção de eclusas, na visão do governador, seria mais viável
na Bolívia, com a obra da usina binacional. “É um debate interno
que o governo boliviano terá de discutir”. Confúcio acrescentou
que a Amazônia tem reserva hídrica muita rica. “Do Rio Madeira,
passando pelo rio Machado até a Bolívia são inúmeras bacias
importantes”.
O governador aproveito a oportunidade e falou do crescimento de Rondônia. “O Estado cresce acima da média nacional. As usinas ajudaram a impulsionar esse crescimento, mas o Estado também avançou naturalmente com a produção de alimentos, mineiro e agroindústrias. O governo é pobre, mas o Estado é rico”, explicou.
O
Fórum foi promovido pelo jornal o Estado de São Paulo.
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