4 de dezembro de 2013

Confúcio defende estudo minucioso de usinas na Amazônia

Governadores durante debate hoje. Foto. Ag. Pará
Porto Velho, Rondônia - Ao participar do Fórum Estadão Regiões Norte com governadores da Amazônia, ontem em São Paulo, o governador Confúcio Moura (PMDB) defendeu mais rigor na realização de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) antes da construção de usinas na Amazônia.
“Sou favorável que estudo precisa ser feito de forma cuidadosa e criteriosa. As usinas são importante para Amazônia, impulsionam a economia, mas depois trazem sérios problemas sociais para prefeitos e governadores”, afirmou.
Confúcio Moura citou como exemplo as usinas do Rio Madeira, empreendimento faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Com o funcionamentos das usinas, Rondônia perdeu R$ 178 milhões por ano com ICMS do óleo que era utilizado na produção de energia através de termoelétricas. Os royalties que o Estado vai receber, como forma de compensação ambiental, será, no pico da produção energética, de R$ 60 milhões”.
Para o governador, a construção de eclusas no Rio Madeira é desnecessária, neste momento. “A eclusa é importante para o transporte de alimentos, mas o rio Madeira, em determinado trecho, não é possível a navegação em função das cachoeiras. Portanto, vejo desnecessária nesse momento”.
A construção de eclusas, na visão do governador, seria mais viável na Bolívia, com a obra da usina binacional. “É um debate interno que o governo boliviano terá de discutir”. Confúcio acrescentou que a Amazônia tem reserva hídrica muita rica. “Do Rio Madeira, passando pelo rio Machado até a Bolívia são inúmeras bacias importantes”.

O governador aproveito a oportunidade e falou do crescimento de Rondônia. “O Estado cresce acima da média nacional. As usinas ajudaram a impulsionar esse crescimento, mas o Estado também avançou naturalmente com a produção de alimentos, mineiro e agroindústrias. O governo é pobre, mas o Estado é rico”, explicou. 
O Fórum foi promovido pelo jornal o Estado de São Paulo. 

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