Embora fraco em Rondônia, o movimento no final de semana que pediu o afastamento do presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e repudiou com veemência a decisão da Câmara Federal de alterar alguns pontos do projeto de lei Dez Medidas Contra à Corrupção, começou a despertar agora o sono profundo de um gigante chamado Brasil. A maior surpresa dos manifestante foi a decisão ontem do ministro Marco Aurélio de afastar o presidente do Senado.
A mobilização nas ruas no último final de semana nas principais capitais o Brasil só não foi maior em função do sepultamento dos jornalistas e jogadores da Chapecoense, mortos na queda de um avião da empresa Lamia na Colômbia. O Diário já havia alertado nesse espaço que a decisão da Câmara causaria um certo impacto nas ruas. Foi o que aconteceu.
O que está em jogo nesse momento é a revolta da população com a corrupção. O movimento vem pra rua ganhou força no ano passado resultando no impeachment de Dilma Rousseff (PT). Com o ingresso do presidente Michel Temer (PMDB) no comando do Palácio do Planalto, a situação continua da mesmo forma.
Ontem o jornal Correio Braziliense trouxe como destaque uma entrevista com o presidente nacional do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson (RJ). Ele falou que o Brasil vive hoje uma efervescência política, fruto da crise econômica. “Dilma saiu em função dessa crise que o PT gerou em 13 anos. O PT fez questão de desmontar os alicerces de políticas fiscal e econômica equilibradas e chegou a um impasse. A previsão para o ano que vem já é de recessão com 4% de PIB negativo”, disse o ex-parlamentar, responsável em delatar na Câmara os parlamentares que recebiam um “mensalinho” em troca de apoio ao Palácio do Planalto.
O que está em jogo nesse momento é a operação Lava Jato e o Brasil não vai deixar passar impune os principais responsáveis. A população não se conforma com o cenário econômico instalado no país justamente pelo roubo de milhões de reais dos cofres públicos. O dinheiro é fruto de impostos pagos pelo cidadão e do peso da alta carga tributária. Não está em jogo se a Câmara seguiu o rito ou não na aprovação e alteração do projeto do MPF.
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