Plenário da Congresso aprovou ontem a PEC dos gastos |
O ano de 2016 foi bastante difícil, principalmente para o parque industrial em consequência da perda de postos de trabalho no Brasil. Indústrias tiveram de pisar firme no freio na fabricação de automóveis e a construção civil foi a uma das mais afetadas em diversas regiões. A crise política, aliada ao escândalo da operação Lava Jato, afastou totalmente o investidor e paralisou os planos de governo projetados no orçamento de 2016.
Pelo estudo, a economia brasileira começará a se recuperar lentamente em 2017. O Produto Interno Bruto (PIB) do País crescerá 0,5%, a indústria terá expansão de 1,3% e os investimentos aumentarão 2,3%, em um cenário de elevado desemprego e baixo consumo. Em entrevista a jornalistas, o presidente da CNI, Robson Braga, disse que a expectativa da indústria é que o governo acelere as reformas estruturais e restabeleça o equilíbrio da economia, abrindo o caminho para o País crescer de forma sustentada.
Não tem dúvida que o ano será bastante difícil. É possível que a repatriação dos recursos aos Estados e municípios anime um pouco a arrecadação de impostos. Economistas afirmam que a recuperação gradual da atividade prevista para o segundo semestre será impulsionada pela queda da inflação e pela redução dos juros.
O estudo da CNI revela que a questão fiscal permanecerá crítica e fonte de desestabilização e incertezas a longo prazo e as previsões indicam que a dívida pública subirá de 72,1% do PIB em 2016 para 76,2% do PIB em 2017. O déficit público nominal aumentará de 9,35% do PIB em 2016 para 9,5% do PIB em 2017. São números que, embora deixem o mercado desanimado, precisam chegar ao conhecimento da dona de casa, do pedreiro, do estudante e dos micro e pequenos empresários.
Ontem o Senado Federal aprovou em segundo turno a proposta que estabelece teto de gastos no serviço público. Foi um grande e importante avanço na busca pelo equilíbrio fiscal. Mas a medida deve ser estendida aos Estados e municípios e complementada com a reforma da Previdência, conforme sinaliza os economistas.
Rondônia foi um dos únicos Estados que conseguiu superar a crise e o reflexo por aqui foi bem ameno, mas não estamos livres de uma eventual consequência. Este ano, em função das falta de água, o nível do rio Madeira, principal manancial de água do Estado, atingiu uma das cotas mais baixas, prejudicando o escoamento de grãos e recebimento de produtos. Porto Velho, por exemplo, capital do Estado, teve um prejuízo de mais de R$ 50 milhões com a seca e sem dúvida esse dinheiro fará falta no Orçamento 2017.
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