Tudo junto e misturado. Com a pedido de afastamento do senador Renan Calheiros (PMDB) da presidência do Senado, a Casa está bem próxima de ter o seu destino conduzido pelo petista Tião Viana, amigo fiel do ex-presidente Lula da Silva (PT) e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Viana foi conduzido à vice-presidência da Casa após um longo acordo político selado ainda quando Dilma comandava o Brasil.
Na verdade, PT e PMDB sempre caminharam juntos e misturados. O primeiro estava no comando do Palácio do Planalto até pouco tempo. O segundo partido, o PMDB, na presidência do Senado e da Câmara. Renan foi reeleito no passado para um mandato de dois anos e na época, recebeu o apoio da bancada do PMDB. O curioso que o peemedebista disputou o comando da casa com Luiz Henrique, também do PMDB, mas com o apoio total do PT.
Com o possibilidade do afastamento de Renan Calheiros, o PT assumirá o comando da Casa e entra na linha sucessória para a presidência da República. No mês passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar a ação na qual a Rede pede que o Supremo declare que réus não podem fazer parte da linha sucessória da Presidência da República. Até o momento, há maioria de seis votos pelo impedimento, mas o julgamento não foi encerrado em função de um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. O projeto retorna hoje em discussão.
No mês de fevereiro, expira o mandato de Renan Calheiros no comando da Mesa Diretora do Senado. A disputa sucessória será bem acirrada pelo comando da Casa em 2017.
Ontem, o jornal o Globo trouxe a informação que Jorge Viana está compreensivo, mas dizendo que suspenderá toda a pauta. O PT, segundo a notícia, não deixará ele tocar a pauta do governo que derrubou o governo deles. Está muito angustiado, não quer prejudicar o Brasil, porém avisa que não tem como votar essa pauta.
Com esse cenário indefinido de disputa política interna e uma forte evidência de guerra travada com forma de retaliar o Judiciário, dificilmente o Brasil vai conseguir avançar de forma repentina na economia durante a gestão Michel Temer (PMDB). Triste para o país.
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