O Brasil enfrentou uma semana muito triste no futebol, na política e na economia. A morte dos jogadores da Chapecoense na queda do avião na Colômbia comoveram o mundo, mostrou a força da solidariedade com as famílias em luto. No centro do País, Brasília, a decisão dos congressistas de aproveitarem o momento de comoção nacional e colocar em votação o projeto de lei das 10 Medidas de Combate à Corrupção acabou desgastando ainda mais o parlamento.
A Câmara Federal alterou o texto original encaminhado pelo Ministério Público Federal (MPF) e a decisão gerou revolta na população responsável por mais de 2 milhões de assinaturas do projeto da Dez Medidas de Combate à Corrupção. Nas redes sociais, a insatisfação é grande e pode resultar em uma nova concentração nas capitais.
Para fechar a semana com notícias negativas, o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem os números da indústria. O Brasil, de acordo com o estudo, teve a pior produção (1,1%) na indústria no mês de outubro desde 2013, ao cair 1,1%. Trata-se de um importante indicativo mostrando que as medidas econômicas adotadas pela atual gestão precisam melhorar e o Brasil ainda vai enfrentar bom tempo para se recuperar dos escândalos de corrupção envolvendo a classe política e grandes empresas.
Ao mesmo tempo que várias nações depositam apoio solidário ao Brasil com a morte dos atletas, os investidores vão se distanciando dos investimentos no País. A queda de ministro do governo Michel Temer, gravações envolvendo o presidente, homologação de delações premiadas e indiciamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) afastam os investidores e complicam ainda as mudanças anunciadas pela equipe econômica.
A partir de janeiro estarão assumindo os novos prefeitos, que terão de ser ousados, além de buscarem novas formas de conduzir o destino dos municípios. Terão em parte uma responsabilidade de mudar esses números e contribuir para um Brasil melhor. Mas nada vai adiantar enquanto a classe política estiver em pé de guerra com o poder Judiciário. Todos perdem, inclusive a economia.
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