A presença do Exército Brasileiro no trabalho de varredura nos presídios de Porto Velho é uma resposta do Estado ao combate ao crime organizado dentro do sistema prisional e precisa acontecer com maior frequência. A operação é necessária e aconteceu sem muito alarde para não vazar as informações.
A sociedade é conhecedora que parentes de presos costumam driblar a fiscalização e entram nos presídios com aparelhos de celular e droga. Servidores públicos também são acusados de facilitar a vida de quem cumpre pena nos presídios. O resultado dessa fragilidade no sistema é o fortalecimento do crime organizado no sistema prisional, um problema que acontece com frequência em vários Estados.
Ontem, pela segunda vez em menos de seis meses, os homens do Exército e da Polícia Militar desenvolveram uma operação de guerra contra o crime. Apreenderam celulares, drogas e armas artesanais. Os detentos, de fato, estavam preparados para uma possível guerra no sistema, mas suas pretensões acabaram sepultadas.
No clamor da guerra do tráfico e ondas de atentados nos presídios, o governo baixou no ano passado uma portaria autorizando o Exército Brasileiro a ingressar no sistema prisional. Nessas operações, a Infantaria de Selva costuma utilizar equipamentos de última geração e utilizados em guerra. Com equipamentos modernos, os responsáveis pela operação conseguem identificar com facilidade celulares escondidos nas celas, facas e armas.
A ação do Exército é importante para o sistema prisional e nas áreas de fronteira. Nos meses de janeiro e fevereiro a 17ª Brigada de Infantaria de Selva intensificou as ações na faixa de fronteira dos estados de Rondônia e Acre com Bolívia e Peru, visando ao combate a crimes ambientais e delitos transnacionais, como o narcotráfico, o contrabando, o tráfico de armas e munições, além de outros ilícitos. Nesse contexto, as ações militares são importantes e sempre visam garantir a segurança da sociedade. Rondônia tem uma imensa área de fronteira que facilita a vida dos traficantes e contrabandistas. As estradas que dão acesso aos municípios do Acre são usadas com frequências para a entrada de armas no Brasil e Rondônia faz parte da rota. Com outras atribuições, o caixa do Exército deve receber um aporte maior no Orçamento da União de 2018. Ações como essa, principalmente na Amazônia, são necessárias.
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