O professor Januário Amaral entregou hoje em Brasília sua carta de renúncia do cargo de reitor da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Filiado ao PMDB, o reitor teria mais três anos de mandato. Segundo o comando de greve na universidade, o Senador Valdir Raupp, líder do partido no estado, fez gestões para mantê-lo no cargo, informou hoje reportagem do jornal O Globo, publicada na internet.
O parlamentar chegou a negociar, sem sucesso, uma solução para o impasse com Amaral e os líderes do movimento.
- Não votei nem pedi votos para ele. E não fiz nenhuma ação, nem pró e nem contra - rebate o líder do PMDB, acrescentando que a saída do reitor é um processo natural e que não pode "arrancá-lo de lá":
- Até pedi que ele encurtasse o mandato em dois anos, mas ele só concordou em sair por um ano e oito meses e em tirar férias durante a sindicância. Os grevistas não aceitaram.
Segundo Raupp, a torrente de denúncias não constrange o PMDB, já que não há, por ora, nenhuma condenação contra o reitor Amaral:
- Isso é normal. Quantos reitores, Brasil afora, têm problemas? E quantos são filiados a partidos?
Amaral já estava ontem em Brasília. Desde a segunda-feira, o GLOBO tenta contato com ele e a reitoria da Unir. Ontem, apesar de um telefonema para a casa de Amaral e do envio de um e-mail à assessoria de imprensa da universidade, não houve retorno. As ligações para a Riomar, fundação de apoio supostamente usada para os desvios, não completavam.
Fonte: O Globo
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