20 de junho de 2012

Vulmar denuncia presidente do TRT


Porto Velho, Rondônia -  Alvo de investigação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, da 14 Região, Vulmar Araújo Coêlho, decidiu na manhã de ontem revelar os bastidores sobre o escândalo envolvendo indícios de irregularidades no pagamento milionário de precatórios em benefícios de professores e servidores administrativos do ex-território federal de Rondônia.

Com um microfone na mão e um carro de som, o ex-presidente do TRT foi até a sede da Justiça do Trabalho, em Porto Velho, e fez a leitura de uma carta em que acusa a atual presidente, Vania Abensur, de criar obstáculos para que não tenha acesso a documentos necessários à sua defesa CNJ. Após fazer a leitura do documento, Vulmar Coelho seguiu em direção a sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde repetiu o mesmo ato.

No início do mês, Vulmar foi notificado para apresentar defesa em um procedimento investigatório que trata do pagamento de mais de R$ 100 milhões e o dinheiro teria sido desviado por advogados. Ele é acusado de ameaçar de morte a juiza da 2 Vara Trabalhista, Isabel Carla.O desembargador negou a acusação.

De acordo com a corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon, existe forte suspeita de fraude no pagamento envolvendo magistrados e advogados. O processo é resultado de uma dívida que começou a tramitar na Justiça Trabalhista em 1989 e envolvendo o sindicato, advogados, professores e servidores técnicos administrativos do ex-território federal de Rondônia.

Em recente coletiva à imprensa, a desembargadora Vania Abensur disse que foram pagos R$ 100 milhões e determinou a suspensão do processo. “A determinação para pagar esse valor partiu do Tribunal Superior do Trabalho e não do TRT”, justificou na época.

Em visita à redação do Diário, o presidente da Ordem dos Advogados de Rondônia (OAB), Hélio Vieira, informou ontem que a advogada envolvida recebimento do dinheiro foi punida pela OAB. “O que compete a Ordem foi feita. Tomamos todas as providências necessárias”. 

Fonte: Marcelo Freire/Diário da Amazônia

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