21 de novembro de 2016

A fiscalização da fronteira de Rondônia

A Assembleia Legislativa voltou a debater esta semana um problema antigo: a fronteira de Rondônia com a Bolívia. Representantes do setor de segurança relataram durante o evento os principais problemas que afligem a sociedade rondoniense: a falta de fiscalização efetiva no combate à entrada de drogas em território brasileiro. Trata-se de uma problemática antiga que atinge a população de Porto Velho e interior do Estado.
De acordo com o autor da proposta de realização de audiência pública, deputado Neidson Soares, o popular “Dr. Neidson”, (PMN-Guajará), a extensão da fronteira entre o Estado e a Bolívia é de 1.342 quilômetros e precisa de proteção dos Estados. Rondônia está fazendo sua parte. No primeiro semestre deste ano, a Secretaria de Estado, Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), deflagrou uma operação integrada na fronteira com o Acre e a Bolívia.
Os números divulgados pela Sesdec são impressionantes. Foram fiscalizadas mais de 40 embarcações naquela operação e durante o trabalho os funcionários abordaram 1.558 pessoas e apreenderam 20 quilos de mercúrio, cinco armas de fogo e 65 munições. Ainda na ocasião veículos também foram recuperados três veículos - inclusive um caminhão. Após essa operação, não se teve notícia de outras iniciativas. É um sinal que a fronteira continua “aberta” para a prática delituosa.
A localização geográfica dos municípios de Rondônia que fazem fronteira com a Bolívia sempre foi vista como rota de fundamental importância no transporte de droga e os traficantes sempre estarão fazendo investidas pesadas para driblar a fiscalização dos órgãos de combate ao crime organizado.  
A cidade de Guajará-Mirim é considerada no mundo do crime como o principal acesso meio do tráfico como o portal principal de entrada do comércio do tráfico internacional de drogas. De lá, os traficantes costumam utilizar estradas clandestinas com destino ao município de Ariquemes, cidade onde a criminalidade sempre foi um desafio à segurança pública estadual. 
A fronteira continua desprotegida e esse cenário precisa mudar. No próximo dia 24, em Guajará-Mirim, as forças armadas pretendem discutir, novamente, a necessidade de se ter uma fiscalização com alcance maior e o Exército é importante nesse trabalho. Sem dúvida, será um momento oportuno para a discussão de medidas eficientes que possam tornar essa fiscalização rotineira. O Governo Federal pode contribuir muito mais para o combate a fiscalização das ações de combate ao crime.

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