O leitor que reside em Rondônia pode estar nesse momento questionando o que o Estado tem a ver com o desvio de recursos na Petrobras, o escândalo de pagamento de propina nas obras de Belo Monte, no Pará, e muitos que ainda poderão surgir. Foi justamente esses escândalos que colocaram o País no fundo do poço e agora os Estados decidiram fazer um pacto para salvar o Brasil.
O governo de Rondônia participou na última terça-feira de uma audiência com o presidente Michel Temer (PMDB) e depois de uma reunião com os governadores, ocasião em que o Estado se comprometeu em promover uma série de ajustes nas contas públicas para ajudar a salvar a Previdência. O caixa da União está baixo e as previsões para 2017 não são boas.
Na reunião com os governadores, os Estados e o Distrito Federal devem se comprometer a encaminhar propostas únicas de reforma da previdência nas unidades da federação, a fim de que sejam enviadas junto com a Reforma da Previdência que será fechada pelo Palácio do Planalto até o fim do ano.
Rondônia, diferente dos demais Estados, está com as contas equilibradas e na semana passada o governador Confúcio Moura (PMDB) anunciou o pagamento do 13º salário do funcionalismo. O pagamento do funcionalismo representa uma injeção de R$ 700 milhões na economia do Estado e o comércio será o principal beneficiado. Por outro lado, o estado do Rio de Janeiro está endividado e teve que pedir ajuda do Governo Federal para sair do estado de emergência e pagar o funcionalismo.
Todo esse desequilíbrio financeiro é resultado da ganância da classe política que busca de todas as formas desviar recursos públicos. Hoje o Brasil vive em situação econômica bem delicada após a saída da ex-presidente Dilma Rousseff e levará tempo para se recuperar. Boa parte do dinheiro desviado não foi recuperado.
O dinheiro da repatriação, algo em torno de R$ 50 milhões, foi transferido aos 52 municípios de Rondônia e ajudou a pagar o 13º do funcionalismo. Os Estados ganharam na Justiça o mesmo benefício, mas o governo decidiu segurar o dinheiro. Rondônia de fato não tem culpa dos escândalos de corrupção, mas no final do processo sempre vai arcar com o peso da irresponsabilidade praticada por políticos eleitos pela vontade do povo.
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