7 de abril de 2018

A repercussão da prisão do ex-presidente Lula

Chamou atenção da imprensa nacional a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a estratégia jurídica utilizada pelos advogados de defesa do petista. Lula, ao receber o resultado da expedição do pedido de prisão, decretada pelo juiz Sério Moro, da Justiça Federal de Curitiba, passou a noite em São Bernado do Campo, onde tudo começou na sua brilhante carreira política de líder dos operários. Ele recebeu o apoio da militância petista, que também foi até a sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernado do Campo. 
No período da tarde, a manifestação tomou conta da principais rodovias federais, conforme mostrou a reportagem da Agência Brasil. Em Rondônia, não houve protesto em favor do petista. Pela manhã, na sede do Partido em Porto Velho, ninguém atendia o telefone para dar informações à imprensa. Também não houve registro de protesto no interior do Estado. 
Ocorre que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou o petista a 12 anos e um mês de prisão na ação penal do tríplex do Guarujá (SP), na Operação Lava Jato, precisa ser cumprida. Imagine agora se a estratégia utilizada por Lula para evitar a prisão aconteça com os próximos da imensa lista da operação Lava Jato? A fila é bem grande.  
As decisões judiciais precisam ser cumpridas. Ontem, a defesa de Lula entrou com um pedido de liminar no Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas, com sede em Genebra, no qual pede que o órgão solicite ao governo brasileiro que impeça a prisão dele até que se esgotem os recursos contra sua condenação em todas as instâncias da Justiça. A Justiça cumpriu o seu papel e respeito o direito a ampla defesa, além permitir as garantias constitucionais e seguindo o que está no Código de Processo Penal. Todas as defesas de Lula foram analisadas pelo Supremo Tribunal Federal e não há mais o que se discutir. 
Fica ruim para a imagem do Brasil o descumprimento de uma decisão da Justiça Federal. A resistência em torno do pedido da prisão de Lula só complica, ainda mais, a situação do PT nas próximas eleições de outubro. O partido corre o risco de enfrentar uma das piores crises políticas da história da legenda e com grandes chances de reduzir, ainda mais, a bancada parlamentar nos Estados. Ademais, é necessário cumprir a preservação da lei e garantir a ordem.

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