Preocupada com o poder de articulação das organizações criminosas e a lavagem de dinheiro, a Justiça Eleitoral baixou nas últimas eleições uma resolução estabelecendo novas regras para doações de recursos aos candidatos. Na época, a medida foi uma forma encontrada para tentar minimizar a injeção de dinheiro em determinadas candidaturas a cargos proporcionais – Os órgãos de fiscalização e controle do Estado sempre estiveram bem atentos às movimentações financeiras suspeitas de recursos nas campanhas eleitorais e nos últimos anos intensificaram essa linha de investigação e cruzamentos de informações.
Na segunda-feira, o Diário participou do 1º e-latino - Encuentro de Períodicos de Latinoamérica e o 12º Encontro Nacional de Editores, Colunistas, Repórteres e Blogueiros - Enecob. O evento, realizado na cidade de Foz do Iguaçu (PR), reuniu jornalistas de vários pontos do Brasil, Argentina, Paraguai e Chile, e serviu para tratar sobre o Contrabando e Desenvolvimento.
Além de temas importantes sobre o desenvolvimento dos países, o encontro serviu para discutir outros assuntos polêmicos que farão parte do cotidiano da população durante o período eleitoral. Um dos temas fortes e polêmicos é justamente a movimentação de recursos em contas de candidatos e a descoberta do poderoso esquema de desvio de recursos que resultou na famosa operação ‘Lava Jato’.
Até hoje políticos de diversos pontos da região estão com problemas no Judiciário por conta justamente da prestação de contas partidárias. Alguns partidos políticos foram citados em esquema de pagamento de propina, oriundo de grandes esquemas arquitetados nos últimos governos. Doações com origem duvidosa foram rastreadas pela Polícia Federal e hoje se questiona o procedência do dinheiro e a punição dos envolvidos.
Além desse dinheiro com origem duvidosa, ainda existe o crime organizado com forte importância nas eleições. Os Estados que estão localizados em área de fronteiras estão vulneráveis a enfrentar esse tipo de crime. Rondônia, que faz fronteira com a Bolívia e tem represenantes de organizações criminosas, pode ser um grande problema para a Justiça administrar juntamente com os órgãos de controle.
Deflagrada em 2013 pelo Ministério Público e Polícia Civil, a operação “Apocalipse”, prendeu figurões conhecidos no mundo do crime em Porto Velho e revelou a participação de grupos criminosos no processo eleitoral em Rondônia. Na
realidade, o crime estava se organizando com a meta de ocupar um
espaço maior no parlamento. Ações
como essa precisam ser combatidas e o Estado deve ficar bem atento ao
novo modo de operar dessas quadrilhas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário