O governador Confúcio Moura (MDB) deixa o cargo com as contas equilibradas e várias obras em andamento nos 52 municípios. Confúcio sai do cargo com uma popularidade em alta e o apoio de vários prefeitos no interior do Estado. Conseguiu superar a forte crise econômica que atingiu o Brasil em decorrência de escândalos de corrupção pelo país e escapou ileso de articulações políticas que visavam afastá-lo do cargo.
Ontem, na solenidade de assinatura de convênios, na sede do Centro Político Administrativo, o governador, já em tom de despedida do governo, cumprimentou lideranças políticas, falou com vários parlamentares e anunciou sua permanência no PMDB. Foi o dia do fico. Mas o suspense ficou por conta do pedido de renúncia do governo, que foi lido na Assembleia Legislativa, em sessão ordinária. O governador se despede do mandato amanhã na capital, quando transmitirá o governo ao seu vice, Daniel Pereira.
Confúcio, que está no segundo mandato, assumiu o governo em 2010 com várias dívidas deixadas pelo ex-governador João Cahula (ex-PPS). Ao tomar posse no primeiro mandato, reconheceu as dívidas com fornecedores, e afirmou que pagaria no momento em que o Estado conseguisse equilibrar as contas. O primeiro ano de mandato do governador foi muito difícil, mas ele conseguiu virar o jogo no primeiro tempo.
Hoje o estado de Rondônia é referência no cenário nacional por conta do equilíbrio financeiro com o Produto Interno Bruto (PIB) e o governador é bem requisitado para palestras importantes, entre elas, a da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Confúcio não precisou utilizar helicóptero do governo do Estado para jogar bola no interior para ganhar o apoio da população. Fez uma administração pautada dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Enquanto Estados enfrentavam forte crise financeira e impedidos de contrair empréstimos bancários para saldar dívidas, além de salários atrasados de servidores públicos, Confúcio nadou de braçada graças a força do agronegócio, que puxou a economia de Rondônia nos últimos anos.
Mesmo diante da pós-crise, o governador não deixou de olhar para os municípios. No discurso de ontem, repetiu a frase: “É preciso voltar a socorrer os municípios e houve o cuidado para não contrair um empréstimo. O que não puder ser liberado em 2018 pode entrar no orçamento para 2019, mas fica assegurado o apoio”.
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