9 de abril de 2018

O governo fez o que não prometeu

O Diário acompanhou atentamente o primeiro discurso do governador Daniel Pereira (PSB) no ato de posse no plenário da Assembleia Legislativa, na tarde da última sexta-feira, em Porto Velho. O pessebista iniciou o discurso elogiando o trabalho dos ex-governadores que passaram pelo comando do Estado. De, fato, todos os governadores deram sua parcela de contribuição para o desenvolvimento do Rondônia e suas ações serão lembradas para quem é bem detalhista com as causas em defesa da região. 
É comum, em época de campanha eleitoral, os candidatos ao governo apresentarem planos de governos e até mesmo registrar junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). É uma forma de informar a população as metas de trabalho. Foi assim na primeira eleição do governador Confúcio Moura (MDB), que deixou o cargo na última sexta-feira para Pereira. 
O governo que Daniel Pereira assumiu foi bem avaliado, graças ao trabalho do ex-governador Confúcio Moura, que entrou para a história do Estado pela forma como conduziu a administração Estadual nos últimos 7 anos e 3 meses. Foi um momento difícil, em decorrência da forte crise e, com certeza, impactaram diretamente nas promessas de campanha. Algumas promessas da campanha não foram cumpridas justamente em função da crise financeira, mas o governo enfrentou um bom combate e, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional(STN) está no topo do ranking dos mais avaliados. 
Como bem discursou Daniel Pereira, o Estado conseguiu aproximar a relação comercial com outros países, atraindo investidores para Rondônia e abrindo a porteira da exportação de soja e carne. O governo conseguiu instalar em 44 municípios um processo mais célere na emissão de carteiras de identidade. Hoje a Junta Comercial está presente em 22 cidades de Rondônia e a meta é chegar, até o final do governo, nos 52 municípios. Essas iniciativas não constavam no plano de governo registrado por Confúcio Moura no TRE. 
Mas o governo da aliança PSB-MDB não acabou e existe ainda um longo caminho a ser percorrido até o dia 31 de dezembro, quando encerra o mandato do governador Daniel Pereira. O próximo passo agora é firmar parceria para a construção de 9 mil casas destinadas exclusivamente para servidores públicos, renegociar a dívida do extinto Banco do Estado de Rondônia (Beron), e resolver de vez a transposição dos servidores públicos do Estado para o quadro da União, uma novela mexicana. 

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