O Brasil está liderando, mais uma vez, um recorde: o de brasileiros desempregados, conforme apontou na última sexta-feira (27) a pesquisa Penad Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, o IBGE. No primeiro semestre deste ano, segundo o estudo apresentado pelo instituto, foram contabilizadas mais de 13 milhões de pessoas que estão na rua procurando uma ocupação – no ano passado, no mesmo período, foram 12 milhões.
A taxa de desemprego apresentou uma queda no início do ano, justificada pelo movimento no comércio no final do ano. As indústrias aumentaram efetivo nas fábricas, o mercado de automóveis comemorou o aumento das vendas e tudo sinalizava para um caminho promissor. A esperança do brasileiro durou pouco.
O aumento da taxa do desemprego no Brasil mostra que o ano será bastante difícil para o País. Revela também que o atual governo, comandado pelo presidente Michel Temer (MDB), não tem um projeto viável, a curto prazo, para ofertar novas oportunidades para quem está desempregado e muito menos para quem está deixando a faculdade. Temer está mais preocupado em se defender dos vazamentos de inquérito, no qual é investigado na Polícia Federal, do que na taxa de desemprego.
Alguns Estados, a exemplo de Rondônia, Paraná e São Paulo, conseguiram se recuperar da crise econômica produzida pelos escândalos de corrupção instalados no Palácio do Planalto. Rondônia, cuja força está concentrada no agronegócio, ainda está gerando novos postos de trabalho. O Paraná, também tem atraído vários investidores e se destacado nos últimos meses com a criação de empregos. São Paulo teve a economia puxada pelo aumento da produção de automóveis.
O problema maior é o peso da carga tributária. Muitas empresas não conseguem sobreviver por muito tempo e, no começo do ano, sofrem para colocar em dia as obrigações trabalhistas, previdenciárias, além da renovação de taxas, IPTU e outras autorizações de funcionamento. Nunca na história do Brasil o empresário pagou tanto impostos.
O pequeno empresário quer gerar emprego e faz tudo para não demitir. Se o atual governo tem grande interesse em superar a crise, não será aumentando o seguro-desemprego. Precisa dar mais apoio aos pequenos e grandes empresários que geram empregos e renda, mas que muitas das vezes são impedidos de gerar novos postos de trabalho por conta do aumento dos impostos e contribuições previdenciárias.
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