23 de abril de 2018

Empregos com índices animadores no trimestre

O primeiro trimestre de 2018 mostra que o mercado de trabalho tem dado resposta imediata diante do processo de recuperação da economia. De janeiro a março, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, evidenciam um crescimento, de certa forma animador, na oferta de oportunidades de trabalho. Os dados de março indicam que houve acréscimo de 56.151 postos de trabalho, com aumento em relação ao saldo de fevereiro. 
Pelo terceiro mês consecutivo o saldo é positivo, embora em ritmo menor se comparado ao mês de janeiro e fevereiro. Em março foram 1,340 milhão de admissões contra 1,284 milhão de desligamentos.
Os dados também mostram que o resultado de março foi o melhor para o mês desde 2013. No acumulado do ano, houve crescimento de 204.064 empregos, enquanto nos últimos 12 meses o acréscimo chegou a 223.367 postos de trabalho. 
Os dados registram expansão no nível de emprego nos setores de serviços, disparado quando comparado aos demais setores, seguido da indústria de transformação, construção civil, administração pública, extrativa mineral e serviços industriais de utilidade pública.
Mesmo sendo dados que animam, principalmente quem busca oportunidade no mercado de trabalho, é preciso que se esteja consciente de que são resultados de um processo, ainda que lento, da retomada do crescimento econômico, depois que o País foi bombardeado por uma avalanche de corrupção, e que fatores decorrentes de um ano eleitoral tendem a frear e estabilizar esse avanço na oferta de empregos. 
Concursos públicos estão em andamento em todo o País, mas o fato de 2018 ser um ano de eleições as contratações podem ser inviabilizadas, ou adiadas. Quando se analisa que o Brasil vive um processo de recuperação da economia, os índices animadores em termos de abertura de novas oportunidade no mercado de trabalho, as contratações decorrentes de concursos para o serviço público podem ficar travadas por praticamente um semestre. 
No entanto, os dados apresentados pelo Ministério do Trabalho no primeiro trimestre do ano permitem uma previsão otimista, em se tratando de oferta de emprego, mas deixam empresários e trabalhadores apreensivos diante de uma situação de instabilidade no panorama político e econômico. Aguardemos.(Chagas Pereira)

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