A disputa por voto ainda não foi deflagrada pela Justiça Eleitoral, mas as notícias falsas já começam a incomodar os pretensos candidatos nas eleições de outubro. As “fake news”, como são conhecidas, chegaram com poder capaz de detonar candidaturas consideradas preferenciais do eleitorado. Desta vez, as vítimas em Rondônia foram os pré-candidatos ao Senado e governo de Rondônia.
Para o leitor ter uma ideia da capacidade das “forças do mal”, na última terça-feira, um despacho antigo endereçado à Polícia Federal, que pedia a prisão de políticos em Rondônia, circulou nos grupos de WhatsApp e tinha como principal foco prejudicar alguns candidatos. Quem seria capaz de tentar prejudicar o caminho de alguém? Seria o desespero por conta do momento político que atravessa o País?
Ontem, quarta-feira, outro vídeo foi gravado com o objetivo de plantar informações falsas à população sobre o endividamento do Estado e dívidas contraídas pelo atual governo. O curioso é que não existe documento que possa sustentar as afirmações. O caso é bem parecido com uma proposta aprovada pela Assembleia Legislativa de Rondônia que garantia pelo menos R$ 1 milhão para cada município. O curioso é que no projeto não existe nada escrito que cada município vai receber essa importância.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, em debate promovido pela Revista Veja, deixou bem claro que se ficar comprovado que notícias falsas beneficiaram um candidato a ponto de garantir sua vitória as eleições do Brasil podem chegar ao extremo de serem anuladas.
No caso de Rondônia, a população já conhece a antiga forma de se fazer política. O “jogo sujo” é tão planejado que envolve até mesmo representantes do alto poder que, muitas das vezes, são iludidos com promessas falsas. Uma das formas de combater essas fake news é analisar as ações que tramitam no Supremo Tribunal Federal envolvendo políticos citados na operação Lava Jato.
Segundo Luiz Fux, o voto só pode ser consciente se for antecedido da informação exata sobre seu candidato. Fux também mencionou que, em comparação com os Estados Unidos, a liberdade de expressão pode ser mais relativizada no Brasil.
Quem tenta abolir a forma democrática de um pleito eleitoral não merece disputar as eleições. As fake news acabam contaminando o ambiente político e a Justiça Eleitoral tem o dever de combater e punir os responsáveis.
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