O resultado da Operação Ajuricaba III, deflagrada pelo Exército no período de 16 a 21 em toda a região de fronteira nos estados de Rondônia e Acre, mostra a real necessidade da permanência efetiva do monitoramento da fronteira. Durante cinco dias de trabalho, veículos e embarcações foram vistoriados com apreensão de madeiras, animais, armas e drogas.
O resultado dessa operação não poderia ser diferente; 41 pessoas presas em flagrante praticando algum tipo de delito. O Diário, por diversas vezes, tem alertado a importância da fiscalização e monitoramento da fronteira. A divisa de Rondônia com a Bolívia continua sendo a principal porta de entrada de drogas e outros produtos do crime para território brasileiro.
É justamente pela fronteira que entra todo o armamento pesado para abastecer as organizações criminosas. Sem a fiscalização efetiva do Exército e com as atenções direcionadas pelo Sul do Brasil, as fronteiras na região de Rondônia, Acre e Amazonas, ficam cada vez mais vulneráveis.
O Brasil contabiliza números impressionantes com o contrabando de cigarros e tráfico de drogas na fronteira com a Bolívia, Paraguai e Argentina. Somente no ano passado, foram apreendidos pela Receita Federal e Polícia Federal mais de US$ 146 milhões com o contrabando de drogas, armas, brinquedos e produtos falsificados que ingressam no Brasil com todo o apoio logístico dos ‘mulas’.
O Acre também oferece uma grande oportunidade para quem pretende ingressar no mundo do tráfico devido à falta de fiscalização efetiva na fronteira. Traficantes bolivianos e brasileiros costumam utilizar a rota acriana e circulam livremente em território rondoniense transportando produtos ilícitos.
Um ponto positivo da Operação Ajuricaba III é a presença do Exército Brasileiro em áreas de difícil acesso na Amazônia. Nesta etapa, a operação promoveu atendimentos médicos, 184 atendimentos odontológicos, procedimentos de prevenção de saúde, além da distribuição de medicamentos e palestras.
O Comando Militar da Amazônia, segundo informou o Exército, colocou um efetivo de 1.050 militares e um apoio logístico com 60 viaturas, 13 embarcações e três aeronaves e contou com o apoio de vários outros órgãos federais. Todo esse trabalho tem um custo pesado no orçamento da União, mas o importante é a ação preventiva.
O trabalho preventivo é necessário e a ação do Exército Brasileiro também impacta diretamente na segurança pública. A partir do momento que a fronteira é monitorada, os pontos de drogas seguem desabastecidos nas cidades. A droga que vem da Bolívia traz consequências às famílias. Quem reside na fronteira pode ser um colaborador da segurança pública e tem toda a liberdade de denunciar quem contribuiu para o crime internacional.
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