Nessas eleições em Rondônia, 1.175.733 eleitores estão aptos pela Justiça Eleitoral para escolher nas urnas os futuros representantes do Estado no parlamento estadual e no Congresso Nacional. Os números estão disponíveis na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as estatísticas da Justiça Eleitoral mostram que desse montante cadastrado no registro do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia mais de 54 mil são eleitores analfabetos. Trata-se de uma parcela grande da sociedade com pouco poder de esclarecimentos e que pode ser contaminada facilmente pelas notícias falsas durante a campanha eleitoral.
Para ser mais preciso, são exatos 54.545 mil pessoas que se declararam analfabetas e que estão localizadas nos 52 municípios de Rondônia. Desse montante, conforme a última atualização da população eleitoral realizada este ano pela Justiça Eleitoral, 24.387 mil são do sexo masculino e 30.158 mil do sexo feminino. Em 2000, eram 29 mil homens sem o ensino fundamental contra 35.773 mulheres. O curioso é que a população feminina analfabeta sempre predominou nas eleições em Rondônia.
Geralmente essas pessoas analfabetas têm dificuldades de utilizar a urna eletrônica para votar e precisam de um auxílio dos mesários. Ao mesmo tempo, essas pessoas se tornam alvo fácil dos candidatos aliciadores de votos que costumam na semana que antecede as eleições visitar os bairros periféricos da cidade com a missão de comprar voto. Rondônia tem um histórico triste de candidatos que foram eleitos em função de forte aliciamento.
A boa notícia é que os números estão mudando. Apesar dessa superpopulação com pouco grau de conhecimento, o índice de eleitores analfabeto alterou nessa eleição. Nas duas últimas décadas, mais de 10 mil pessoas deixaram de ser analfabetas em Rondônia. O que se percebeu nos últimos anos dentro desse cenário foi o interesse da população rondoniense ingressar na escola.
As últimas ações de governo, sem dúvida, contribuíram de forma importante para Rondônia começar a mudar essa estatística. O acesso a educação ganhou um impulso bem relevante nos últimos governos, principalmente para o homem do campo. Para se ter uma ideia dessa pequena revolução na educação, proprietários de grandes propriedades rurais passaram a se dedicar aos estudos e investiram também na educação dos filhos.
A construção de novas escolas no Norte do Brasil, principalmente em assentamentos localizados em áreas de difícil acesso, e melhoria nas estradas vicinais facilitaram a vida do homem do campo. No Nordeste, a situação é bem complicada. São mais de 3 milhões de pessoas analfabetas e que têm dificuldade de acesso à educação. Essa realidade, sem dúvida, precisa ser vista com mais atenção por parte dos futuros representantes da população. O Brasil precisa investir mais em educação e inserir essa população no mercado do conhecimento.
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