Os estados de Rondônia e Roraima, na região Norte do País, experimentarão as mais baixas esperanças de vida entre as mulheres, de 80,3 anos e 80,8 anos, respectivamente. Pelo menos essa é a estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem. Os números acendem o sinal de alerta sobre a segurança na fronteira, o processo de emigração e da necessidade de uma nova política de saúde pública no país.
O estudo do IBGE destacou ainda que entre os homens, os valores de esperança de vida mais elevados, projetados para 2060, serão observados em Santa Catarina, de 81,5 anos, e Rio Grande do Sul, de 80,9 anos, enquanto os mais baixos serão os do Piauí, de 72,7 anos, e do Pará, de 73,6 anos.
Os valores mais altos de esperança de vida feminina também serão em Santa Catarina, de 87,6 anos, seguido pelo Paraná, com 87,0 anos. Em Rondônia, a população projetada com idades de 18 a 69 anos em 2018 é de 1.189.565. Esse indicativo é importante, uma vez que o eleitorado jovem é predominante neste levantamento, o que incentiva a presença de mais jovens na política.
Um estudo semelhante sobre a esperança de vida da população foi feito pelo IBGE em 2010, com projeções de vida em 2020. Naquela época, a projeção de vida da população estimada pelo instituto era de 80 anos para mulheres e 79 anos de homens.
Outra informação importante na pesquisa realizada pelo IBGE é com relação aos imigrantes venezuelanos que ingressam em território nacional por conta da atual situação econômica do país conduzido por Nicolás Maduro. Cerca de 79,0 mil imigrantes venezuelanos são estimados em Roraima até 2022. Algumas doenças, que anteriormente não eram registradas no Brasil, passam a fazer parte do cotidiano da população brasileira, principalmente os idosos, reduzindo a expectativa de vida da população, principalmente a mais idosa.
Essas informações são de grande relevância para a prática de políticas públicas e servem de referência para a distribuição, conduzida pelo Tribunal de Contas da União (TCU), das quotas partes do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O dinheiro é liberado pelo Governo Federal e é fruto de tributos pagos pela população. O correto é esse valor ser aplicado em saúde e educação, mas o que se testemunha são escândalos de corrupção envolvendo secretarias nos Estados e municípios. O futuro será bem difícil para os próximos gestores, que enfrentarão um orçamento cada vez mais reduzido para gerenciar o setor de saúde nos Estados.
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