A semana foi marcada por uma série de desinformações em redes sociais e, por conta dessa irresponsabilidade, as primeiras providências foram tomadas. O Facebook decidiu banir na última terça-feira pelo menos 196 páginas e 87 contas. O motivo: violação das regras de condutas da rede. Em nota à imprensa, a empresa informou que as páginas não foram apagadas propriamente por divulgar fake news, mas por ferir o código de autenticidade da plataforma, porque “escondiam das pessoas a natureza e origem de seu conteúdo” e tinham o propósito de “gerar divisão e espalhar desinformação”.
Essa semana, as notícias falsas circularam com força em Rondônia por conta de possível desistências de candidaturas ao governo e alianças. Até colunistas políticos considerados experientes caíram no embalo das fake news, as chamadas notícias falsas. Por conta disso, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), por meio da Secretaria Judiciária e de Gestão da Informação, encaminhou documento aos veículos solicitando endereço eletrônico para recebimento de intimações e citações.
De acordo com o calendário eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o período das conversações partidárias segue até o próximo dia 5 de agosto. Durante esse espaço de tempo, é comum partidos políticos conversarem com o objetivo de consolidar a construção de nominatas (lista de candidatos que vão disputar as eleições de outubro).
As conjecturas são importantes para o sucesso de uma coligação, mas é fácil identificar uma notícia falsa. Geralmente, as notícias falsas espalhadas nas redes sociais e sites de notícias não constam fontes e frases. É o primeiro indicativo que uma notícia é falsa.
As fakes news que circularam esta semana nos sites de notícias de Rondônia são bem parecidas com um falácia, tema bastante explorado no estudo da lógica. Falácia é, segundo o dicionário Aurélio, uma afirmação falsa ou errônea, ou ainda, qualidade daquele que é falaz, ou seja, intencionalmente enganador, ardiloso, enganoso, capcioso, vão, quimérico e ilusório.
Assim, em lógica, falácias são erros de raciocínio com aparência de correção, ou seja, um raciocínio incorreto, ilegítimo que parece-nos correto, legítimo e, como consequência, surge-nos com poder de persuasão e convencimento. O propósito das fake news, produzidas pelos espalhadores de desinformação, é justamente tumultuar o processo. Os partidos políticos e departamentos jurídicos dos candidatos e coligações precisam estar bem atentos com essas ameaças.
Em vez de o argumentador provar a falsidade do enunciado, ele ataca a pessoa de quem fez o enunciado. Como tempo de campanha eleitoral é bem curto, muitos candidatos prejudicados não procuram o direito de resposta, assegurado na Constituição Federal. Geralmente, o prazo que consta no calendário eleitoral é curto para consertar o eventual estrago político. Muitos acabam desistindo de recorrer à Justiça Eleitoral.
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