A violência contra a mulher disparou nos últimos dias em Rondônia. A editoria de Polícia do Diário fez um levantamento de casos de agressões contra as mulheres e constatou somente no último final de semana mais de 50 registros. É justamente no final de semana que os casos de violência doméstica disparam em Porto Velho e interior do Estado.
O Ministério Público de Rondônia e o Poder Judiciário têm desenvolvidos ações importantes com meta de reverter esses números, mas ainda existe um caminho longo a ser percorrido. Infelizmente, ainda existem casos de violência doméstica que não são contabilizados nas estatísticas da Delegacia da Mulher e são enfrentados no silêncio.
Um dos casos que chegou a população de Porto Velho foi o suicídio de uma mulher esposa de militar do Exército. O caso ganhou repercussão nacional. A vítima tirou a própria vida e a do filho, uma criança de 3 anos, por não mais suportar a humilhação dentro do lar.
O Tribunal de Justiça se prepara para entrar com força na Semana Justiça pela Paz em Casa. Essa ação é desenvolvida em parceria com o Conselho Nacional de Justiça e acontece três vezes por ano: em março, em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres; em agosto, por ocasião do aniversário da Lei Maria da Penha, promulgada em 6 de agosto 2006 pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Outra ação é a Semana Internacional de Combate à Violência de Gênero, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Ações de conscientização não faltam. O poder público tem desenvolvido políticas que objetivam garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Na contramão desas medidas protetivas estão os números divulgados em 2016 pelo Mapa da Violência contra a mulher. Segundo o estudo, foram registrados com 34.535 homicídios de pessoas de sexo feminino no País entre 2006 e 2013, uma média de 4,4 óbitos para cada grupo de 100 mil mulheres. O Estudo foi publicado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flasco). Em 2017, 2 mil vítimas da violência doméstica pediram proteção após sofrerem ameaça de morte, conforme contabilizou o próprio CNJ. Até quando vamos testemunhar na grande imprensa casos de mulheres sendo vítimas de violência sem fim?
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