Cultivo do café,
atividades na agricultura e cultivo da laranja foram os principais responsáveis
pela geração de novos postos de trabalho no mês de junho. Os números foram
divulgados pelo Ministério do Trabalho na última sexta-feira, e revelam que o
Brasil terá nos próximo semestre um período difícil na questão de geração de
novos empregos.
Rondônia apresentou um saldo
negativo com 354 demissões e esse resultado já era esperado. Algumas dessas
demissões não foram ocasionadas em função da paralisação nacional dos
caminhoneiros. Um exemplo disso foi a crítica situação enfrentada nos último
dias na área de Livre de Comércio de Guajará-Mirim, quando o comércio decidiu
enxugar a folha de pagamento das empresas que atuam no segmento de exportação
de produtos para a Bolívia devido às novas regras impostas pela Receita Federal.
Na região Norte, os
estados que mais apontaram crescimento na geração de emprego foi Roraima e
Amazonas. No Centro-Oeste foram criadas
+8.366 vagas; no Sudeste, +3.612; no Nordeste, +3.581; e no Norte, 930. Apenas
na região Sul o saldo foi negativo, com o fechamento de -17.150 postos.
O que chama atenção nas
estatísticas do Caged é o número acordos celebrados entre empregados e patrões.
Nos números divulgados na última sexta-feira foram contabilizados mais de 13
mil acordos trabalhistas. A nova reforma trabalhista permite esse tipo de
negociação permitindo maior flexibilidade para questão de acordos trabalhistas,
sem envolver o Ministério do Trabalho.
As atividades que mais
criaram vagas foram as ligadas à Agropecuária, que teve saldo de +40.917
empregos, resultantes de 113.179 admissões e 72.262 desligamentos, uma expansão
de 2,58%, conforme revelou o Caged. As culturas que mais contribuíram para esse
resultado na agricultura foram as de café e laranja. Nos cafezais foram criadas
+14.024 vagas, principalmente em Minas Gerais. Já o cultivo da laranja foi
responsável pela abertura de +8.903 postos, sobretudo em São Paulo. As
Atividades de Apoio à Agricultura (+11.297 postos) também foram destaque na
Agropecuária, especialmente em São Paulo (+9.617 postos).
Com a aproximação do
período eleitoral, a economia praticamente ficará estável nos próximos meses,
mas o agronegócio continuará nesse cenário de incerteza da economia sendo a
principal fonte geradora de geração de empregos. No caso de Rondônia, hoje com
mais de 14 milhões de cabeça de gado, o comércio da carne surge com uma fonte
alternativa de renda para os grandes produtores que comercializam gado para os
grandes frigoríficos.
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