Um estudo divulgado esta semana pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) apontou o município de Porto Velho na 23ª posição no alto desenvolvimento socioeconômico. A pesquisa foi realizada em 2016 e traz como destaque as capitais Florianópolis (SC), Curitiba (PR) e São Paulo (SP) no melhor ranking de desenvolvimento.
O estudo mostrou ainda que as maiores desigualdades estão entre Norte e Nordeste com menor desenvolvimento, e Sul e Sudeste com maior desenvolvimento. Porto Velho, em 2015, ocupou a 24ª posição no ranking das capitais. Na atual pesquisa, depois da capital rondoniense, os piores índices foram identificados nas cidades de Manaus, Recife, Belém e Macapá.
De acordo com o estudo, a região Norte tem 60,2% dos seus municípios com desenvolvimento baixo ou regular. O Nordeste tem 50,1% de suas cidades nesta condição. Juntas, as duas regiões respondem por 87,2% do total de Municípios nessas classificações.
O Sul se mostra como a região mais desenvolvida, com 98,8% dos Municípios classificados com desenvolvimento entre moderado e alto e nenhuma cidade classificada com baixo índice. No Sudeste, 92,9% das cidades tiveram índice entre moderado e alto e, assim como no Sul, nenhum Município teve baixo desenvolvimento.
Uma questão importante que chamou a atenção dos estudos foi a disparidade regional, que pouco se alterou na última década. No Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) Educação, as regiões Norte e Nordeste são responsáveis por 98,7% dos municípios do País com níveis mais baixos de desenvolvimento.
No IFDM Saúde o resultado é semelhante, as regiões Norte e Nordeste respondem por 83% dos municípios com desenvolvimento baixo ou moderado. De fato, essas regiões seguem distantes do nível de desenvolvimento observado no Sul e no Sudeste e estão ainda mais longe das metas de desenvolvimento estipuladas para os municípios.
Porto Velho, na época da construção das usinas do rio Madeira, ocupou um dos melhores índices do ranking, apesar de problemas de infraestrutura. Na época, o aumento da arrecadação originado das obras de usinas hidrelétricas permitiu que a prefeitura investisse sem precisar postergar despesas nem se endividar para financiar os projetos em benefício da população. Mas a cidade cresceu de forma desorganizada e os problemas aumentaram para os governos. A forte crise econômica que atingiu o país nos últimos dois anos contribuiu para as grandes capitais enfrentarem um número maior de problemas, principalmente na área de saneamento básico e infraestrutura.
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