Graças a intervenção do Palácio do Planalto, sindicatos e empresas da construção civil acertaram ontem procedimentos emergenciais para acabar com a crise nas obras de Jirau e Santo Antônio., em Porto Velho. O chefe da Secretaria-Geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, estabeleceu uma linha geral de ações para impedir novas paralisações nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
No caso de Santo Antônio, estabeleceu-se uma pauta com cinco itens para ser levada à assembleia dos trabalhadores, marcada para a próxima segunda-feira, dia 4: antecipação de 20% do reajuste salarial, aumento no valor da cesta básica, ajuda para que os trabalhadores possam visitar as famílias - com as empresas fornecendo passagens de avião de ida e volta -, mais opções de plano de saúde e substituição do cartão de crédito que os trabalhadores utilizam na região.
No caso de Jirau, a avaliação é que a situação é mais grave, pois os refeitórios e alojamentos foram destruídos. Estava marcada uma reunião no canteiro de obras, envolvendo a CUT, representantes da Camargo Corrêa e do Ministério Público do Trabalho, na tentativa de retomar negociações.
Na reunião de ontem, ficou acertado que não serão mais aceitos, nas obras do PAC, trabalhadores contratados pelos chamados "gatos": intermediários que circulam nos povoados prometendo salários elevados e condições de trabalho atraentes, que acabam não se concretizando no canteiro de obras. Serão contratados apenas trabalhadores que tiverem cadastro no Sistema Nacional de Empregos (Sine). Além disso, serão oferecidos cursos de qualificação para que os trabalhadores se aperfeiçoem em suas funções
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