O setor produtivo recebeu ontem importante notícia para a pecuária. O Comitê Científico da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) recomendou que o Brasil seja reconhecido como livre da febre aftosa com vacinação, aos 180 países integrantes da OIE. Com isso, 25 Estados e o Distrito Federal tendem a ser declarados livres da aftosa com vacinação pelo organismo internacional.
Santa Catarina já é considerada como livre da doença sem a vacinação desde 2007, pela OIE. A decisão deverá ser anunciada na assembleia geral da entidade, que será realizada de 20 a 25 de maio em Paris. E o certificado de país livre de aftosa será entregue no dia 24.
Conforme prevê o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (Pnefa), o próximo grande passo do Brasil será retirar a vacinação contra a doença. A partir de maio do próximo ano, Acre e Rondônia, além de municípios do Amazonas e de Mato Grosso, começarão a abolir a vacinação. A previsão é que até maio de 2021 todo o País deixe de vacinar o rebanho e, até maio de 2023, o País inteiro poderá ser reconhecido pela OIE como livre da aftosa sem vacinação.
Até lá, será uma longa batalha. Em Rondônia, na última segunda, o ex-secretário Evandro Padovani deixou o comando da Secretaria de Agricultura. O ex-secretário teve importante atuação junto à Idaron no combate à febre aftosa em Rondônia. Não se pode esquecer do trabalho desenvolvido pelos ex-governadores José Bianco e Valdir Raupp, que fizeram ações importantes para Rondônia chegar onde está hoje.
Em setembro do ano passado, o ministério encaminhou pedido de reconhecimento do Amazonas, Amapá, Roraima e parte do Pará, como áreas livre de aftosa com vacinação, que não havia solicitado, até então. “Cumprimos todas as exigências com a realização da sorologia, envio de informações sobre os serviços veterinários, reforço na vigilância interna e junto às fronteiras. Em novembro, o assunto foi tratado por uma equipe especializada em aftosa formada por cientistas indicados pelos países da OIE. E o grupo encaminhou, a seguir, recomendações favoráveis ao pleito brasileiro ao Comitê Científico da organização.
Ontem, o Diário trouxe nesse espaço a preocupação com a segurança na fronteira. Rondônia tem mais de 1,2 mil quilômetros de fronteira e a preocupação sempre foi a Bolívia, onde a febre aftosa ainda apresenta risco. A Idaron apoia a vacinação contra febre aftosa na fronteira com a Bolívia desde 2000. No início, os servidores entravam até 50 quilômetros no território boliviano, mas em 2016 esse limite foi diminuído para 25 quilômetros. Trata-se de um trabalho importante para o Brasil.
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