Em Rondônia, 16% da população ainda depende do programa federal Bolsa Família para se manter, conforme revelou o jornal Valor Econômico, com base em informações do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Os números são relativos a 2017 e mostram que no Brasil, 21% da população depende dessa ajuda federal.
Para fazer parte do programa, é necessário ter a renda mensal por pessoa da família de até R$ 185. isso significar dizer que em Rondônia mais de 300 mil famílias ainda estão em situação de extrema pobreza, que recebem entre R$ 39 e R$ 372,00. Trata-se de um valor significativo no final de cada mês. Em alguns Estados, esse valor é importante para a economia dos municípios mais pobres na região do Nordeste.
O programa social foi lançado na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista, ao assumir o governo, prometeu no primeiro ano combater a fome e erradicar a pobreza. Mais de 15 anos do governo PT se passaram e a ajuda financeira segue a todo vapor na gestão do presidente Michel Temer (PMDB), revelando que ainda é preciso fazer muito mais para erradicar a pobreza no Brasil.
Não se pode admitir em Rondônia, cuja população está estimada em 1,7 milhão de habitantes, mais de 300 mil famílias vivendo em situação de extrema miséria. O Estado, cuja vocação está localizada no agronegócio e onde a terra é fértil, é a terra das oportunidades, mas essas ofertas de crescimento precisam chegar ao conhecimento da população afastada dos grandes centros.
Na campanha de reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2014, chegaram a propagar de forma intensa em grupos de redes sociais que o programa federal seria eliminado, caso o PSDB assumisse o governo.
O próximo governo que assumir em janeiro do próximo ano terá uma missão muito difícil pela frente no Ministério do Desenvolvimento Social: colocar essas pessoas no mercado de trabalho e buscar outras medidas alternativas que possibilitem reduzir o número de benefícios concedidos através do programa Bolsa Família. Talvez as famílias querem apenas uma oportunidade de trabalho.
Com o aumento da inflação e a nova política de reajustar o preço da gasolina no Brasil, será muito difícil reduzir o volume de dinheiro destinados para esses benefícios em 2019. Hoje são mais de 13 milhões de pessoas desempregadas no Brasil, conforme apontaram os últimos dados do Ministério do Trabalho e Emprego, e o mercado de trabalho ficando cada vez mais competitivo.
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