19 de fevereiro de 2018

Mercado de voos melhora, mas o Norte ainda sofre

Com a economia apresentando sinais de melhorias nos últimos meses, a empresas de transporte aéreo comemoram lucros com o número de passageiros transportados em voos domésticos, o que representou um aumento de 2,2% em 2017. Os números são da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e foram divulgados na última sexta-feira. 
De acordo com o balanço, no total, foram transportados em voos dentro do País 90.626.847 milhões de passageiros, contra os 88.677.56 de 2016. Em voos internacionais, houve aumento de 11,7% em 2017, com 8.357.924 passageiros transportados por empresas brasileiras em voos internacionais, com origem ou destino no Brasil, representando alta de 11,7% em relação a 2016, quando o número foi de 7.485.043.
No entanto, na região Norte, não há motivo para comemorar. Em 2016, várias companhias aéreas de reduzir de forma drástica o número de voos para o Norte, além de afetar os estados de Rondônia e Acre. A comissão externa responsável por acompanhar e fiscalizar o cancelamento de voos para a Região Norte chegou a realizar audiência pública na Câmara Federal para debater o tema novamente.
No ano passado, o presidente Michel Temer esteve em Porto Velho e anunciou melhorias na infraestrutura do Aeroporto Internacional Jorge Teixeira. Apesar de levar o nome de aeroporto internacional, o Aeroporto de Porto Velho não oferta voos internacional. A Federação do Comércio do Estado de Rondônia (Fecomércio) sempre trabalhou no sentido de destravar o processo de transformação de fato do aeroporto Jorge Teixeira na condição de internacional, mas se esbarra em questões burocráticas para o alfandegamento.
O Diário participou em Brasília do evento promovido pela Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) e constatou que Rondônia está entre os 10 Estados da Federação que cobra mais alto pelo imposto sobre combustível no Brasil: 25% é o valor da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS). Talvez esse seja o motivo principal que faz elevar o preço da passagem aérea na região. 
A situação é mais difícil para quem reside no interior das capitais da região Norte. Passageiros são obrigados a se deslocar um dia antes para as capitais em busca em voos para fora do Estado e exterior.  
A oferta de voos em Porto Velho e interior do Estado é importante para movimentar a economia e a Fecomércio está correta quando cobra soluções emergentes para a questão do alfandegamento do aeroporto internacional Jorge Teixeira, na capital. É possível que hoje ainda não exista uma demanda grande de passageiros para esse mercado internacional, mas a região Norte começa a ser atingida com a chegada de novas empresas do segmento internacional. 

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