Marcadas no mês passado pelo Tribunal Regional Eleitoral, as eleições suplementares nos municípios de Pimenta Bueno e Rolim de Moura, na região da zona Mata do Rondônia, não estão empolgando os eleitores e os candidatos que estão disputando o novo pleito terão de se esforçar muito, para convencer o eleitor com propostas. Essa afirmativa pôde ser constatada na última eleição de segundo turno, no qual mais de 15 mil eleitores deixaram de comparecer às urnas.
Conforme destaca o Diário, na edição deste domingo, no último dia 6 de outubro, na última eleição de segundo turno para governo em Rolim de Moura, apenas 27,7 mil eleitores foram às urnas para escolher o governador. Em Pimenta Bueno, a Justiça Eleitoral contabilizou a presença de 18.554 eleitores. O maior número de abstenção na eleição de segundo turno para governo foi registrado em Rolim de Moura; 10.510 eleitores decidiram anular o voto.
Em Pimenta Bueno, esse número chegou a 7.715 votos que foram anulados, somados com voto em branco. Isso significa que os candidatos terão de trabalhar contra o tempo para convencer o eleitorado a votar na eleição do próximo dia 9 de dezembro. Terão ainda que pedir ajuda a para que no dia da eleição não chova, uma vez que durante esse período é comum o volume de chuva se intensificar.
Mas o que a população está revoltada mesmo é com o processo eleitoral. Nesses dois municípios a Justiça Eleitoral decidiu cassar os mandatos dos respectivos prefeitos. Juliana Roque, ex-prefeita de Pimenta Bueno, foi cassada com toda a chapa por contratação irregular de formiguinhas nas eleições. Já o ex-prefeito Luizão do Trento (PSDB), teria utilizado recurso de forma irregular na sua campanha eleitoral.
O eleitor está cada vez mais desacreditado com a classe política. Os últimos escândalos de corrupção envolvendo políticos das duas regiões tem desmotivado até mesmo a classe empresarial. Ao que parece, as últimas gestões, por conta de disputas internas políticas, não conseguiram colocar em prática projetos de interesse da população e os municípios ficaram emperrados no tempo.
Quando se convoca uma eleição suplementar, as gestões dos municípios ficam paralisadas e não há um avanço das gestões em benefício da população, que depende de políticas públicas. O poder Executivo municipal é um dos maiores prejudicados, uma vez que se instala um clima de insegurança jurídica. Outra: quem assume terá pouco tempo para colocar os dois municípios no caminho do desenvolvimento. Só um milagre salvará Rolim de Moura e Pimenta Bueno.
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