A futura equipe do governador eleito Marcos Rocha (PSL) ainda não definiu as prioridades na proposta orçamentária 2019, em análise na Assembleia Legislativa do Estado. É no orçamento que são definidas políticas, diretrizes e metas de governo para o exercício fiscal de 2019, por meio do orçamento anual, ou seja, o elo entre o que se planejou e o que se pretende executar, visando, sobretudo, o resultado dos programas de governo, mediante execução de metas físicas e financeiras na forma proposta.
O Orçamento 2019 foi elaborado pelo governador Daniel Pereira (PSB), mas é possível fazer ajustes, promover alterações e priorizar investimentos aos municípios. Trata-se de um projeto de grande importância para as finanças do Estado. Apesar de crise econômica que atingiu o País, o Estado está em situação mais confortável em relação às demais regiões da federação.
Mas essa zona de conforto não é motivo de comemoração. Rondônia terá sim um ano bem difícil, com poucos investimentos e necessitará com urgência do apoio do presidente eleito Jair Bolsonaro. Se olhar com maior atenção o montante do bolo orçamentário, o eleitor verá que sobrará pouco para investimentos.
O orçamento de 2019, que é de R$ 8,1 bilhões, ficou assim distribuído; 6.518.842.922 para o governo do Estado; R$ 396, 9 milhões serão para Assembleia Legislativa; R$ 905,4 milhões para o Poder Judiciário; R$ 294.3 milhões ao Ministério Público e R$ 74.1 milhões para Defensoria Pública.
Somados esses valores, sobrará pouco para investimentos. Será importante, nesse trabalho da equipe de transição que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) reveja com o futuro presidente do Banco Central, o economista Roberto Campos, a revisão da dívida do extinto Banco do Estado de Rondônia (Beron). Se Rondônia, com a ajuda de Jair Bolsonaro, conseguir extinguir essa dívida, será possível investir em outras áreas, principalmente na saúde.
Para poder assumir o BC, Roberto Campos será sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. A bancada federal de Rondônia terá uma oportunidade importante para ajudar a população, que clama por investimentos em educação e segurança. A suspensão da dívida do Beron é um bom motivo para colocar em apreciação nesta reunião. Se isso não ocorrer, dificilmente haverá outro momento de Rondônia sentar na mesa de negociação com o futuro presidente do Banco Central. Os Poderes, mais do que nunca, precisam estar unidos com esse objetivo.
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