Rondônia está entre os quatro Estados da região Norte que mais desmataram nos últimos meses e a notícia não agrada a equipe do governador eleito Marcos Rocha (PSL). Os números foram apresentados ontem pelo Ministério de Meio Ambiente e revelam que o Estado enfrentou um dos piores anos com o alto índice de desmate. Vários fatores contribuíram para o avanço do índice de destruição da floresta; o primeiro foi a alta temperatura no período da estiagem no Estado e o segundo foi a falta de investimentos nas brigadas de incêndio.
Segundo apontou o relatório do Ministério de Minas e Energia, os Estados que apresentaram os valores mais elevados de desmatamento foram Pará (35,9% do total), Mato Grosso (22,1%), Rondônia (16,7%) e Amazonas (13,2). Por diversas vezes, o ex-governador Confúcio Moura (MDB) foi bastante cobrado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e recebeu vários puxões de orelha pelo índice de crescimento de queimadas no Estado.
O crescimento do desmatamento em Rondônia traz grande preocupação para o Estado e pode gerar prejuízos econômicos para o Brasil. No ano passado, a Noruega anunciou redução do repasse para o Fundo Amazônia por causa do crescimento do desmatamento. O corte de repasse foi em torno de R$ 200 milhões e pode ter comprometido este ano as ações de combate ao desmatamento na região.
A Noruega continua sendo o principal país financiador do Fundo Amazônia, com repasses que chegam a R$ 2,8 bilhões. Atualmente, há 89 projetos no âmbito do fundo, em áreas como combate ao desmatamento, regularização fundiária e gestão territorial e ambiental de terras indígenas.
Rondônia terá prejuízos com os cortes de recursos para a conversação da floresta, apesar do Estado estar fazendo o dever de casa. As Áreas Protegidas na Amazônia Legal têm uma extensão de aproximadamente 5 milhões de km², constituindo 59% do território brasileiro.
O Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tem feito um trabalho importante no combate ao transporte ilegal de madeiras e na preservação das florestas na Amazônia, mas a exemplo de outros órgãos do Governo Federal, é impactado com a falta de recursos. Os cortes no orçamento do Ibama comprometem plano de ações no combate ao desmatamento e as operações de fiscalizações no Norte. Por outro lado, os servidores realizam um esforço no cumprimento de suas obrigações, mas muitas vezes sofrem com a falta de orçamento para operações no Vale do Jamari, uma das regiões mais afetadas com a destruição da floresta.
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