21 de novembro de 2018

Rondônia tem o terceiro maior PIB da Região Norte

O governador eleito Marcos Rocha (PSL) terá nos próximos anos a missão de colocar o Produto Interno Bruto (PIB) em lugar de destaque. O PIB de Rondônia caiu para 18º, conforme estudo divulgado na última sexta-feira pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado de Roraima, segundo o IBGE, foi o único estado da federação que teve crescimento em 2016. Em segundo lugar ficou o Distrito Federal e o Estado de Alagoas.
Em Roraima, a variação mais importante foi da atividade administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, que cresceu 3,5% a.a. e responde por quase 50% da economia do estado. A exemplo do Tocantins, todos os estados da região Norte tiveram variação em volume do PIB maior que a média nacional. Rondônia teve crescimento de 3,9 ao ano (veja tabela) e atingiu a 6º posição.
Por região, a Região Norte obteve o maior crescimento na série de 2002 a 2016. Rondônia teve o maior PIB da Região Norte, que foi de R$ 39 bilhões. Superou o Tocantins, que registrou R$ 31 bilhões, Amapá, Acre e Roraima. A região Norte cresceu 3,7% a.a., seguido de Centro-Oeste (3,6% a.a.) e Nordeste (2,8% a.a.). Os menores resultados são das regiões Sudeste e Sul, 2,2% a.a. e 2,1% a.a., respectivamente.

AGRICULTURA FORTE

No ano passado, Rondônia, Mato Grosso, Piauí e Acre foram os estados que apresentaram os maiores resultados no PIB. Um dos principais fatores responsáveis pelo crescimento do PIB de Rondônia foi a força da agricultura com o apoio fundamental do homem do campo. Mesmo com a crise na economia, está trabalhando fortemente a agricultura, garantindo condições para que o produtor rural possa continuar contribuindo para o avanço da riqueza.
Um relatório publicado pelo Departamento de Pesquisa Macroeconômica do Banco Itaú, apresenta um diagnóstico de crescimento médio real da economia de Rondônia de 1,8% ao ano, até 2020.
No que se refere ao número de empresas, pessoal ocupado e salários, a participação de Rondônia no Norte do país é de 11,6%, 8,8% e 8,1%, respectivamente. Enquanto que nacionalmente, a participação rondoniense fica abaixo de 0,5% nos três indicadores. Esse dado é consistente com o tamanho de população rondoniense.
AGENDA DE RONDÔNIA
Na última quarta-feira, o  governador eleito Marcos Rocha  esteve reunido com o presidente eleito Jair Bolsonaro. Foi a primeira reunião de trabalho após eleição de Bolsonaro no segundo turno serviu para traçar um planejamento da junção de Rondônia com Brasília. “Jair Bolsonaro reafirmou o compromisso de trabalharmos juntos por um país melhor, com a nomeação de uma equipe técnica, sem cabides de emprego e tolerância zero à corrupção”, disse o governador eleito.
“Segundo ele, como já dito em outras oportunidades, trabalhará pelo fortalecimento dos estados. Mais Brasil e menos Brasília”, afirmou. Marcos Rocha disse ao Diário da Amazônia que ficou decidido uma nova e mais detalhada reunião afim de que todo planejamento seja traçado para o nosso estado”, afirmou.

PIB de Rondônia foi de R$ 39,45 bilhões, diz IBGE

Segundo o IBGE, o PIB do Estado de Rondônia foi de R$ 39,45 bilhões em 2016, enquanto a variação em volume foi de -4,2% entre 2015 e 2016. Os principais destaques foram Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, Indústrias de transformação e Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, que apresentaram ganhos de participação em valor. Já para o resultado em volume, contribuiu em grande medida a retração da atividade de Construção (-28,7%).
A Agropecuária, que representou 13,9% de sua economia em 2016 (13,4% em 2015), cresceu 1,2% em volume. As três atividades do setor cresceram em volume no valor adicionado bruto, mas o resultado foi influenciado sobretudo por pecuária, inclusive apoio à pecuária, já que esta detém cerca de 72,7% de participação da agropecuária. Considerado um dos maiores efetivos de bovino no País, o resultado positivo da pecuária de Rondônia foi garantido por este segmento, favorecido tanto pelo desempenho em volume quanto pelo aumento de preços, em 2016.
Na Indústria houve decréscimo em volume de 12,0%, influenciado principalmente pela atividade de Construção, cuja participação em valor reduziu de 7,9% para 4,8%, entre 2015 e 2016 e retraiu 28,7% em volume. A queda na Construção justifica-se pelo segmento de obras de infraestrutura, em que pesou a conclusão das obras da Hidrelétrica Jirau. Em contrapartida, houve ganho de participação de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, que passou de 4,5% para 6,9%, graças à redução relativa de custos de geração de energia. Resultado em valor positivo também para Indústrias de transformação que ganhou 1,0 ponto percentual de participação, de 5,8% para 6,8%, devido à valorização de preços de carne bovina que concentra boa parte do valor adicionado da fabricação de produtos alimentícios.
O setor de Serviços apresentou variação em volume de -2,6%, influenciado principalmente por Comércio, manutenção e reparação de automóveis e veículos automotores (-11,8%) e por Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social (-0,9%); duas atividades de maior participação na economia rondoniense. Entretanto, no segmento de comércio, a queda em volume refletiu-se em perda de participação entre 2015 e 2016 (14,0% para 13,2%), enquanto no segmento de administração pública, houve avanço 27,8% para 28,0%.

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