Divulgada ontem pelo IBGE, a pesquisa PNA Contínua, revela que pouco mais de 300 mil pessoas conseguiram emprego no trimestre de junho a agosto deste ano. Isso significa que não são mais 13 milhões de pessoas que estão à procura de uma oportunidade de trabalho. São exatamente 12,7 milhões de trabalhadores que acordaram hoje sem qualquer perspectiva de trabalho.
A pesquisa traz uma informação importante. O número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada nesse período ficou estável na comparação com o trimestre anterior (março a maio de 2018). No confronto com o trimestre de junho a agosto de 2017, houve variação de -1,3% (-444 mil pessoas). O número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (11,2 milhões) ficou estável em relação ao trimestre anterior e subiu 4,0% (mais 435 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Essa estabilização é resultado da atual política econômica do governo do MDB, cujo candidato a presidente diz que gerou nos últimos anos mais de 12 milhões de empregos. Como gerar empregos com uma carga tributária pesada. Ao longo dos últimos anos, o governo procurou “arrumar” mais impostos para os empresários pagarem. Aproveitou o embalo das reformas e aprovou a nova Reforma Trabalhista, complicando ainda mais o trabalhador empregado.
O atual cenário econômico fez a classe dos desempregados procurar uma outra alternativa para garantir a sobrevivência. Segundo a pesquisa do IBGE, a categoria dos trabalhadores por conta própria (23,3 milhões) cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 1,9% (mais 437 mil pessoas).
Nos últimos anos, após o Brasil enfrentar os piores momentos da economia, muitos trabalhadores decidiram optar pela informalidade e estão tocando a vida por conta própria. Abriram o seu próprio negócio e estão muito bem no mercado. Alguns ex-trabalhadores conseguiram construir empresas e se transformaram em empreendedores.
O Brasil é um país rico e tem capacidade para gerar mais de 300 mil empregos em três meses. O próximo presidente e governos precisam buscar uma alternativa de atrair essas pessoas para formalidade e para isso contam com apoio do Sebrae. Precisará também discutir uma política profunda e eficaz em torno da redução da carga tributária, facilitando a vida de quem já está no mercado gerando emprego.
29 de setembro de 2018
28 de setembro de 2018
A popularidade de Michel Temer despenca no Norte
A queda na popularidade do governo de Michel Temer (MDB) foi mais acentuada nas regiões Sul e Norte/Centro-Oeste, conforme apontou essa semana pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) Ibope. O percentual dos que consideram o governo como ruim ou péssimo cresceu, respectivamente, alcançando 82% e 81%. O crescimento foi de 9 pontos em relação a última pesquisa encomendada pelo Instituto.
Trata-se da maior rejeição de um presidente da República, desde que começou a ser a realizada a pesquisa. O emedebista também tem grande rejeição no Sudeste, que subiu de 77% para 81%. No Nordeste, houve recuo na comparação com junho, de 89% para 83%, na margem de erro.
A primeira rejeição de Temer foi avaliada em junho de 2016. A estreia da avaliação do governo peemedebista ocorreu no momento em que Temer nomeou ministros com fortes suspeitas de fazerem parte de um esquema de recebimento de propina através da Petrobras. A pesquisa, na época, foi feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). De acordo com a sondagem, a avaliação do governo do presidente interino Michel Temer é negativa para 28,0% e positiva para 11,3%. O primeiro desgaste do governo foi a indicação do ministro Romero Jucá para o Ministério do Planejamento. Jucá foi gravado pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, sobre as articulações políticas para abafar a operação Lava Jato no governo Temer.
Em relação à maneira de governar, a desaprovação cresceu de forma mais acentuada entre os entrevistados com 55 ou mais anos: subindo de 81% para 87%, na comparação com junho. Quando se avalia a confiança no presidente Temer, a popularidade caiu mais entre a população com ensino médio completo e educação superior. O percentual que considera o governo ruim ou péssimo foi de 94% e de 96%, respectivamente, com altas de 5 e 6 pontos percentuais nesses dois grupos de entrevistados.
O governo Temer até hoje não conseguiu implantar medidas positivas no seu governo. As políticas e as ações do Governo Federal são reprovadas por, pelo menos, 79% dos entrevistados. A maior taxa de desaprovação é para a área dos impostos, que desagrada a 92% dos brasileiros, seguida da taxa de juros (89%), do combate ao desemprego (89%), da saúde (89%) e da segurança pública (87%). Os percentuais de desaprovação oscilaram positivamente para quase todas as áreas avaliadas. Temer terá muita dificuldade para eleger representantes no Congresso Nacional, apesar do partido investir pesado na distribuição do fundo partidário para os candidatos à reeleição nos Estados.
Trata-se da maior rejeição de um presidente da República, desde que começou a ser a realizada a pesquisa. O emedebista também tem grande rejeição no Sudeste, que subiu de 77% para 81%. No Nordeste, houve recuo na comparação com junho, de 89% para 83%, na margem de erro.
A primeira rejeição de Temer foi avaliada em junho de 2016. A estreia da avaliação do governo peemedebista ocorreu no momento em que Temer nomeou ministros com fortes suspeitas de fazerem parte de um esquema de recebimento de propina através da Petrobras. A pesquisa, na época, foi feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). De acordo com a sondagem, a avaliação do governo do presidente interino Michel Temer é negativa para 28,0% e positiva para 11,3%. O primeiro desgaste do governo foi a indicação do ministro Romero Jucá para o Ministério do Planejamento. Jucá foi gravado pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, sobre as articulações políticas para abafar a operação Lava Jato no governo Temer.
Em relação à maneira de governar, a desaprovação cresceu de forma mais acentuada entre os entrevistados com 55 ou mais anos: subindo de 81% para 87%, na comparação com junho. Quando se avalia a confiança no presidente Temer, a popularidade caiu mais entre a população com ensino médio completo e educação superior. O percentual que considera o governo ruim ou péssimo foi de 94% e de 96%, respectivamente, com altas de 5 e 6 pontos percentuais nesses dois grupos de entrevistados.
O governo Temer até hoje não conseguiu implantar medidas positivas no seu governo. As políticas e as ações do Governo Federal são reprovadas por, pelo menos, 79% dos entrevistados. A maior taxa de desaprovação é para a área dos impostos, que desagrada a 92% dos brasileiros, seguida da taxa de juros (89%), do combate ao desemprego (89%), da saúde (89%) e da segurança pública (87%). Os percentuais de desaprovação oscilaram positivamente para quase todas as áreas avaliadas. Temer terá muita dificuldade para eleger representantes no Congresso Nacional, apesar do partido investir pesado na distribuição do fundo partidário para os candidatos à reeleição nos Estados.
26 de setembro de 2018
Acesso à banda larga dobra, e os problemas também
O número de acessos de banda larga via satélite registrado em julho foi o dobro do mesmo período do ano passado. De acordo com dados divulgados ontem (25) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em julho foram registrados 161.467 acessos de banda larga via satélite, o dobro em comparação a julho do ano passado, um aumento de 100,52%.
Ocorre que a região Norte ainda é carente de internet de banda larga. O uso de satélites para oferta de internet geralmente é direcionado para moradores de regiões interioranas e remotas. A solução é complementar e na maioria das vezes utilizada em locais sem infraestrutura de cabo nem fibra ótica.
Atualmente, estão em operação no Brasil mais de 50 satélites, entre brasileiros e estrangeiros. De acordo com estudo, com a chegada de novos satélites explorando a banda Ka, que oferece mais velocidade de acesso, a capacidade dedicada à oferta de banda larga via satélite no Brasil vai aumentar consideravelmente até 2021.
Algumas empresas costumam vender pacotes de internet de alta velocidade, mas essa tecnologia ainda não está disponível em determinadas regiões. Ocorre que o consumidor já vem sendo lesado durante um bom tempo. Muitos continuam pagando por um serviço que não está recebendo. Nos Estados da região Norte, o serviço de Internet ainda é um dos piores do Brasil. O consumidor adquire uma internet modelo 4G, mas o serviço ofertado é outro totalmente diferente do que está no pacote promocional.
As insatisfações contra as operadoras de internet continuam no topo de reclamações dos Programas de Defesa do Consumidor. Resta saber se as ferramentas disponíveis para aferir o consumo da velocidade da internet estarão de fato transmitindo as informações de forma correta. Outra dúvida é quem vai fiscalizar se de fato as informações geradas por essas empresas são confiáveis.
Hoje os contratos das operadoras ofertados no Brasil permitem que seja estabelecida uma franquia de dados, mas, por estratégias de mercado, a maioria não impõe esses limites. A franquia de consumo de internet já é adotada por empresas que oferecem banda larga móvel. Nesse caso, algumas reduzem a velocidade depois que o limite é ultrapassado, outras cortam o acesso à internet, dando ao consumidor a opção de contratar um pacote de dados maior. E a tendência é sempre aumentar num buraco negro que parece nunca ter fim. O problema já sobrecarrega o Poder Judiciário.
Ocorre que a região Norte ainda é carente de internet de banda larga. O uso de satélites para oferta de internet geralmente é direcionado para moradores de regiões interioranas e remotas. A solução é complementar e na maioria das vezes utilizada em locais sem infraestrutura de cabo nem fibra ótica.
Atualmente, estão em operação no Brasil mais de 50 satélites, entre brasileiros e estrangeiros. De acordo com estudo, com a chegada de novos satélites explorando a banda Ka, que oferece mais velocidade de acesso, a capacidade dedicada à oferta de banda larga via satélite no Brasil vai aumentar consideravelmente até 2021.
Algumas empresas costumam vender pacotes de internet de alta velocidade, mas essa tecnologia ainda não está disponível em determinadas regiões. Ocorre que o consumidor já vem sendo lesado durante um bom tempo. Muitos continuam pagando por um serviço que não está recebendo. Nos Estados da região Norte, o serviço de Internet ainda é um dos piores do Brasil. O consumidor adquire uma internet modelo 4G, mas o serviço ofertado é outro totalmente diferente do que está no pacote promocional.
As insatisfações contra as operadoras de internet continuam no topo de reclamações dos Programas de Defesa do Consumidor. Resta saber se as ferramentas disponíveis para aferir o consumo da velocidade da internet estarão de fato transmitindo as informações de forma correta. Outra dúvida é quem vai fiscalizar se de fato as informações geradas por essas empresas são confiáveis.
Hoje os contratos das operadoras ofertados no Brasil permitem que seja estabelecida uma franquia de dados, mas, por estratégias de mercado, a maioria não impõe esses limites. A franquia de consumo de internet já é adotada por empresas que oferecem banda larga móvel. Nesse caso, algumas reduzem a velocidade depois que o limite é ultrapassado, outras cortam o acesso à internet, dando ao consumidor a opção de contratar um pacote de dados maior. E a tendência é sempre aumentar num buraco negro que parece nunca ter fim. O problema já sobrecarrega o Poder Judiciário.
25 de setembro de 2018
A corrida pelo voto útil nos próximos 12 dias
Os próximos doze dias que faltam para as eleições do dia 7 de outubro serão marcados por fatos novos na política. Em entrevista ao site da Câmara Federal, o cientista político Ricardo Ismael, da PUC do Rio de Janeiro, afirma que o eleitor deve ter cuidado ao receber os resultados das pesquisas, que sempre trazem um componente de incerteza e avalia que o eleitor pode estar seguindo esses resultados de forma errada.
De acordo com Ismael, as pesquisas retratam um momento. Ele afirma que dependendo da dinâmica da campanha, aquele momento pode se modificar e às vezes, a mudança acontece nos últimos dias. Em Porto Velho, a eleição para a prefeitura da capital foi marcada pela maior surpresa da história política do município. O prefeito Hildon Chaves (PSDB), que aparece em último lugar na pesquisa, conseguiu chegar no segundo turno.
Os institutos de pesquisa da época não apontavam a liderança de Hildon Chaves, uma vez que ele aparecia em quarto lugar, perdendo a terceira posição para Williams Pimentel (MDB). O tucano conseguiu ir para o segundo turno com Leo Moraes (ex-PTB) e venceu a eleição para a prefeitura de Porto Velho.
O fenômeno pode se repetir nestas eleições novamente em Rondônia. Às vezes, até na véspera da hora do voto, há mudanças na corrida ao governo e à Presidência da República. O cientista político acredita que às vezes há uma precipitação dos eleitores quando migram do seu candidato para outro, porque aquele candidato que ele está abandonando talvez ainda tenha chance de decolar.
Em Rondônia, ainda há um número grande eleitores indecisos. Segundo apontou o instituto Ibope, o percentual de indeciso passa de 20%. É um percentual significativo de eleitores que não sabem em quem votar nas eleições de outubro. Essa dúvida em números representam mais 240 mil eleitores, o suficiente para eleger quase a metade da futura bancada federal de Rondônia.
Para o consultor público Vitor Oliveira, os candidatos estão sempre à procura do chamado “eleitor mediano”, que é aquele eleitor que está no centro, considerando as tendências de esquerda e de direita, mas que também está sujeito ao voto útil. O que seria uma estratégia dos candidatos que fossem para segundo turno da eleição, acabou sendo antecipada. O fato é que nenhum dos candidatos que estão na corrida presidencial tem mais de 50% da preferência do eleitorado. Isso pode ser um indicativo que o candidato terá que apelar para que uma parte daqueles que ainda não manifestam desejo de votar nele o considerem o menos pior.
De acordo com Ismael, as pesquisas retratam um momento. Ele afirma que dependendo da dinâmica da campanha, aquele momento pode se modificar e às vezes, a mudança acontece nos últimos dias. Em Porto Velho, a eleição para a prefeitura da capital foi marcada pela maior surpresa da história política do município. O prefeito Hildon Chaves (PSDB), que aparece em último lugar na pesquisa, conseguiu chegar no segundo turno.
Os institutos de pesquisa da época não apontavam a liderança de Hildon Chaves, uma vez que ele aparecia em quarto lugar, perdendo a terceira posição para Williams Pimentel (MDB). O tucano conseguiu ir para o segundo turno com Leo Moraes (ex-PTB) e venceu a eleição para a prefeitura de Porto Velho.
O fenômeno pode se repetir nestas eleições novamente em Rondônia. Às vezes, até na véspera da hora do voto, há mudanças na corrida ao governo e à Presidência da República. O cientista político acredita que às vezes há uma precipitação dos eleitores quando migram do seu candidato para outro, porque aquele candidato que ele está abandonando talvez ainda tenha chance de decolar.
Em Rondônia, ainda há um número grande eleitores indecisos. Segundo apontou o instituto Ibope, o percentual de indeciso passa de 20%. É um percentual significativo de eleitores que não sabem em quem votar nas eleições de outubro. Essa dúvida em números representam mais 240 mil eleitores, o suficiente para eleger quase a metade da futura bancada federal de Rondônia.
Para o consultor público Vitor Oliveira, os candidatos estão sempre à procura do chamado “eleitor mediano”, que é aquele eleitor que está no centro, considerando as tendências de esquerda e de direita, mas que também está sujeito ao voto útil. O que seria uma estratégia dos candidatos que fossem para segundo turno da eleição, acabou sendo antecipada. O fato é que nenhum dos candidatos que estão na corrida presidencial tem mais de 50% da preferência do eleitorado. Isso pode ser um indicativo que o candidato terá que apelar para que uma parte daqueles que ainda não manifestam desejo de votar nele o considerem o menos pior.
22 de setembro de 2018
Porto Velho, a rota das facções criminosas
Essa semana, dois aviões desembarcaram no Aeroporto Internacional Jorge Teixeira, em Porto Velho, trazendo a bordo líderes de facções criminosas que tocavam o terror em presídios de Roraima e Goiás. Conforme mostrou a reportagem do Diário, os presos foram transferidos para o presídio federal na capital, onde já abriga os maiores traficantes do Brasil com PHD no mundo do crime.
O presídio federal de Porto Velho se tornou referência no sistema prisional e desde a sua inauguração nunca foi registrada uma fuga. O estabelecimento conta com segurança moderna e os presos vivem um regime diferenciado em relação aos demais presos, mas era de lá que o traficante Fernandinho Beira-Mar se comunicava, através de bilhetes, com os traficantes do Rio de Janeiro.
Mas o problema não é dentro do presídio. O risco reside fora dos muros de proteção. Quando um preso é transferido, traz com ele parentes e advogados. No caso de Fernandinho Beira-Mar, ele se comunicava com outros traficantes através da esposa e também por meio de bilhetes repassados a outros presos.
As cidades que contam com presídio federal, sem dúvida, deveriam receber um tratamento diferenciado do Governo Federal. Quando um presídio recebe presos de alta periculosidade, a população se sente ameaçada. Ao mesmo tempo, outros tipos de crimes jamais vistos na região passam a acontecer com maior frequência.
A Polícia Federal tem um papel importante no monitoramento dessas famílias e a estratégia de segurança é importante para combater o avanço da criminalidade do outro lado dos presídios. Está claro que muitos que estão no presídio federal não têm mais como retornar à sociedade.
Por outro lado, os presídios estaduais se tornaram uma universidade do crime. Os presos que cumprem pena nos presídios estaduais são obrigados a integrar a organizações criminosas e se tornam assessores especiais do crime.
Outra gravidade é a fronteira. Estados que fazem fronteira com outros países precisam ter atenção especial do Estado. Operações integradas de setores de segurança é importante para barrar a entrada de drogas que abastecem os morros liderados por esses traficantes de dentro dos presídios.
Dentro de algumas semanas, estará tramitando no Congresso Nacional o orçamento para o exercício de 2019. O leitor perceberá que o investimento para o setor de segurança não terá mais de 3%, complicando ainda mais a segurança pública nos Estados.
O presídio federal de Porto Velho se tornou referência no sistema prisional e desde a sua inauguração nunca foi registrada uma fuga. O estabelecimento conta com segurança moderna e os presos vivem um regime diferenciado em relação aos demais presos, mas era de lá que o traficante Fernandinho Beira-Mar se comunicava, através de bilhetes, com os traficantes do Rio de Janeiro.
Mas o problema não é dentro do presídio. O risco reside fora dos muros de proteção. Quando um preso é transferido, traz com ele parentes e advogados. No caso de Fernandinho Beira-Mar, ele se comunicava com outros traficantes através da esposa e também por meio de bilhetes repassados a outros presos.
As cidades que contam com presídio federal, sem dúvida, deveriam receber um tratamento diferenciado do Governo Federal. Quando um presídio recebe presos de alta periculosidade, a população se sente ameaçada. Ao mesmo tempo, outros tipos de crimes jamais vistos na região passam a acontecer com maior frequência.
A Polícia Federal tem um papel importante no monitoramento dessas famílias e a estratégia de segurança é importante para combater o avanço da criminalidade do outro lado dos presídios. Está claro que muitos que estão no presídio federal não têm mais como retornar à sociedade.
Por outro lado, os presídios estaduais se tornaram uma universidade do crime. Os presos que cumprem pena nos presídios estaduais são obrigados a integrar a organizações criminosas e se tornam assessores especiais do crime.
Outra gravidade é a fronteira. Estados que fazem fronteira com outros países precisam ter atenção especial do Estado. Operações integradas de setores de segurança é importante para barrar a entrada de drogas que abastecem os morros liderados por esses traficantes de dentro dos presídios.
Dentro de algumas semanas, estará tramitando no Congresso Nacional o orçamento para o exercício de 2019. O leitor perceberá que o investimento para o setor de segurança não terá mais de 3%, complicando ainda mais a segurança pública nos Estados.
21 de setembro de 2018
A violência já atinge a cracolândia de Porto Velho
A onda de violência que atinge a periferia de Porto Velho começa a migrar com maior frequência no ambiente habitado pelos mendigos e moradores de rua da capital. Somente nos últimos nove meses, conforme apurou o Diário, nove moradores de rua foram atacados por colegas usuários de drogas de forma covarde.
A maioria dos casos, conforme análise realizada pelo Diário com base nos registros de ocorrências, tem forte conexão com o tráfico e consumo de drogas. A avenida Jorge Teixeira, região central de Porto Velho, se transformou em uma verdadeira cracolândia. A maioria dos casos de violência contra os moradores de rua foi registrada nas proximidades da rodoviária de Porto Velho.
Mas o problema não reside somente na Jorge Teixeira. No dia 25 do mês passado, Sérgio Atos, de 31 anos, conhecido com Serginho, foi morto com um golpe de faca, na avenida Brasília, em frente ao mercado do KM 1. Outro caso mais recente foi no antigo terminal de Integração da capital. Francisco Feitosa, o França, foi assassinado a facada na rua Rogério Weber com João Alfredo. A vítima era cabeleireiro, se envolveu com drogas e começou a morar na rua.
Essa semana, em plena luz do dia, um morador de rua foi atacado na avenida Sete de Setembro com Jorge Teixeira. Os enfermeiros do Samu encontraram dificuldade para chegar até o local onde estava o morador de rua. Ele foi espancado por colegas e estava com a cabeça ferida. Ainda há outros casos que acontecem, mas que não entram nas estatísticas da Polícia Civil.
Os registros de violência envolvendo moradores de rua não têm hora para acontecer. A avenida Jorge Teixeira, região central de Porto Velho, se tornou o maior ponto de concentração de mendigos e usuários de drogas. Agora, eles passaram a dividir o espaço com artistas circenses nos cruzamentos de uma das principais avenidas de Porto Velho.
Uma entidade religiosa costuma oferecer todos os domingos uma sopa para esses moradores. Antes da refeição, uma longa fila se forma nos cruzamentos das avenidas Jorge Teixeira com Carlos Gomes. São jovens e pessoas de idade avançada que disputam o alimento dominical. Muitos deles já admitiram ser usuários de drogas e pedem dinheiro para sustentar o vício.
O que se percebe é o crescimento dessa população de rua e a ausência de um plano de ação do poder público para enfrentar o problema. Enquanto isso, as igrejas assumem um papel importante no socorro momentâneo para esses moradores, mas que dificilmente amenizará esse cenário. É como se estivesse alimentado um problema social longe de ser solucionado.
A maioria dos casos, conforme análise realizada pelo Diário com base nos registros de ocorrências, tem forte conexão com o tráfico e consumo de drogas. A avenida Jorge Teixeira, região central de Porto Velho, se transformou em uma verdadeira cracolândia. A maioria dos casos de violência contra os moradores de rua foi registrada nas proximidades da rodoviária de Porto Velho.
Mas o problema não reside somente na Jorge Teixeira. No dia 25 do mês passado, Sérgio Atos, de 31 anos, conhecido com Serginho, foi morto com um golpe de faca, na avenida Brasília, em frente ao mercado do KM 1. Outro caso mais recente foi no antigo terminal de Integração da capital. Francisco Feitosa, o França, foi assassinado a facada na rua Rogério Weber com João Alfredo. A vítima era cabeleireiro, se envolveu com drogas e começou a morar na rua.
Essa semana, em plena luz do dia, um morador de rua foi atacado na avenida Sete de Setembro com Jorge Teixeira. Os enfermeiros do Samu encontraram dificuldade para chegar até o local onde estava o morador de rua. Ele foi espancado por colegas e estava com a cabeça ferida. Ainda há outros casos que acontecem, mas que não entram nas estatísticas da Polícia Civil.
Os registros de violência envolvendo moradores de rua não têm hora para acontecer. A avenida Jorge Teixeira, região central de Porto Velho, se tornou o maior ponto de concentração de mendigos e usuários de drogas. Agora, eles passaram a dividir o espaço com artistas circenses nos cruzamentos de uma das principais avenidas de Porto Velho.
Uma entidade religiosa costuma oferecer todos os domingos uma sopa para esses moradores. Antes da refeição, uma longa fila se forma nos cruzamentos das avenidas Jorge Teixeira com Carlos Gomes. São jovens e pessoas de idade avançada que disputam o alimento dominical. Muitos deles já admitiram ser usuários de drogas e pedem dinheiro para sustentar o vício.
O que se percebe é o crescimento dessa população de rua e a ausência de um plano de ação do poder público para enfrentar o problema. Enquanto isso, as igrejas assumem um papel importante no socorro momentâneo para esses moradores, mas que dificilmente amenizará esse cenário. É como se estivesse alimentado um problema social longe de ser solucionado.
20 de setembro de 2018
A consequência da falta de saneamento básico
Os municípios do Norte e Nordeste ainda estão bem longe de atingir bons índices de melhoria na política de saneamento básico. Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou o mais recente estudo sobre o tema. Segundo o instituto, entre os 5.570 municípios brasileiros, 2.126 têm política de saneamento básico, mesmo que não seja regulamentada por instrumento legal, o que equivale a 38,2% do total.
A política de saneamento básico é o primeiro passo para melhorar o índice dessas regiões, caso contrário, as consequências para o início do ano serão avassaladoras. O leitor não pode esquecer que neste ano, os casos de febre amarela deixaram em alerta o Ministério da Saúde. Na região Norte, o Amazonas registrou mais de mil casos da doença, seguido por Roraima. De lá, a doença se espalhou para outras cidades, inclusive Rondônia, onde foi analisado e registrado o primeiro caso este ano.
Dentro de alguns dias, essas regiões serão castigadas pelas fortes chuvas, trazendo com o tempo várias doenças, entre elas, a febre amarela, zika e chikungunya. No ano passado, a maior proporção de municípios que declararam ter sofrido endemias ou epidemias de dengue, zika e chikungunya, nos últimos 12 meses anteriores à data da entrevista do IBGE, foi maior nas Regiões Nordeste e Norte, com destaque para a Região Nordeste, onde 29,6% dos municípios informaram a ocorrência de endemias ou epidemias de zika, e 37,3%, de chikungunya.
A febre amarela, por sua vez, foi mais mencionada nos municípios do Sudeste (5,1%) e Norte (4,7%). A falta de uma política de saneamento básico traz prejuízos aos cofres públicos. O tema foi abordado ontem pelo Diário neste espaço. Porto Velho, capital de Rondônia, deixou de receber mais de R$ 500 milhões para melhoria do sistema de saneamento básico da capital por falta de interesse do Estado.
A oferta irregular de água, segundo constatou pesquisa do IBGE, resulta em que as pessoas tenham que estocá-la em reservatórios, os quais, muitas vezes, servem de local de reprodução dos mosquitos. O acúmulo de lixo nos domicílios e nas ruas, decorrente da coleta irregular, favorece, por sua vez, o acúmulo das águas das chuvas, sendo outro fator de risco
Talvez nesse momento a classe política não esteja preocupada em investir por se tratar de um investimento elevado aos cofres públicos e com pouca projeção política. O problema é quando surge uma epidemia ou endemia, outros setores do governo são diretamente afetados com o remanejamento de recursos da educação e segurança para atender casos mais complicados na área da saúde.
A política de saneamento básico é o primeiro passo para melhorar o índice dessas regiões, caso contrário, as consequências para o início do ano serão avassaladoras. O leitor não pode esquecer que neste ano, os casos de febre amarela deixaram em alerta o Ministério da Saúde. Na região Norte, o Amazonas registrou mais de mil casos da doença, seguido por Roraima. De lá, a doença se espalhou para outras cidades, inclusive Rondônia, onde foi analisado e registrado o primeiro caso este ano.
Dentro de alguns dias, essas regiões serão castigadas pelas fortes chuvas, trazendo com o tempo várias doenças, entre elas, a febre amarela, zika e chikungunya. No ano passado, a maior proporção de municípios que declararam ter sofrido endemias ou epidemias de dengue, zika e chikungunya, nos últimos 12 meses anteriores à data da entrevista do IBGE, foi maior nas Regiões Nordeste e Norte, com destaque para a Região Nordeste, onde 29,6% dos municípios informaram a ocorrência de endemias ou epidemias de zika, e 37,3%, de chikungunya.
A febre amarela, por sua vez, foi mais mencionada nos municípios do Sudeste (5,1%) e Norte (4,7%). A falta de uma política de saneamento básico traz prejuízos aos cofres públicos. O tema foi abordado ontem pelo Diário neste espaço. Porto Velho, capital de Rondônia, deixou de receber mais de R$ 500 milhões para melhoria do sistema de saneamento básico da capital por falta de interesse do Estado.
A oferta irregular de água, segundo constatou pesquisa do IBGE, resulta em que as pessoas tenham que estocá-la em reservatórios, os quais, muitas vezes, servem de local de reprodução dos mosquitos. O acúmulo de lixo nos domicílios e nas ruas, decorrente da coleta irregular, favorece, por sua vez, o acúmulo das águas das chuvas, sendo outro fator de risco
Talvez nesse momento a classe política não esteja preocupada em investir por se tratar de um investimento elevado aos cofres públicos e com pouca projeção política. O problema é quando surge uma epidemia ou endemia, outros setores do governo são diretamente afetados com o remanejamento de recursos da educação e segurança para atender casos mais complicados na área da saúde.
19 de setembro de 2018
Coleta de esgoto desafia o próximo governador
A implantação da coleta e tratamento de esgoto do município de Porto Velho será um dos principais desafios do próximo governador de Rondônia em 2019. Quem transita pelos bairros da zona Sul de Porto Velho, terá a oportunidade de constatar inúmeras redes coletoras de esgoto inacabadas, causando transtornos à população.
Não se pode esquecer que a capital rondoniense foi contemplada com mais de R$ 540 milhões, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal e o governo Estadual. Desse montante, R$ 399 milhões foram assegurados pela União e R$ 142 milhões pelo Estado. Ocorre que o contrato não avançou e o município acabou ficando sem o dinheiro.
Não adianta agora querer eleger um culpado e chorar pelo feito derramado. Dentro de alguns dias estará tramitando no Congresso Nacional o Orçamento Geral da União para o próximo ano e será necessário a importância do trabalho forte da atual bancada federal de Rondônia para assegurar o dinheiro. O orçamento estabelece as prioridades de investimentos para 2019.
Este ano, o município de Porto Velho foi beneficiado com o maior volume de dinheiro através de emenda de bancada federal. Foram assegurados pelos 3 senadores e 8 deputados federais R$ 130 milhões para obras de asfaltamento e drenagem em bairros da zona Leste de Porto Velho. Pelas estimativas da gestão municipal, serão feitos de 75 a 80 quilômetros de pavimentação nova (drenagem e asfalto) e mais 70 quilômetros de recapeamento de vias.
Enquanto as obras seguem na zona Leste, na zona Sul o problema que promete desafiar o futuro governador é outro: finalizar as inúmeras redes coletoras que estão a céu aberto. Com o período das intensas chuvas, a tendência do problema é se agravar. Geralmente, nesse período do ano, devido a forte chuva, as ruas ficam intransitáveis. Será necessário fazer um novo levantamento da atual rede coletora existente. Muitas delas terão de ser refeitas e desobstruídas, o que vai elevar o custo da obra.
O projeto de implantação da rede coletora de esgoto em Porto Velho foi marcado por inúmeras polêmicas. Denúncias infundadas e muita falta de informação acabaram enterrando de vez o projeto, causando um enorme prejuízo à população de Porto Velho. Hoje a realidade do município é outra e o dinheiro aportado na época para a execução do projeto talvez não seria o suficiente para executar a metade do projeto.
Os órgãos de fiscalização e controle tiveram um papel importante na fiscalização da execução, mas não foi o suficiente para evitar o enorme dano causado à população, que segue sem coleta de esgoto.
Não se pode esquecer que a capital rondoniense foi contemplada com mais de R$ 540 milhões, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal e o governo Estadual. Desse montante, R$ 399 milhões foram assegurados pela União e R$ 142 milhões pelo Estado. Ocorre que o contrato não avançou e o município acabou ficando sem o dinheiro.
Não adianta agora querer eleger um culpado e chorar pelo feito derramado. Dentro de alguns dias estará tramitando no Congresso Nacional o Orçamento Geral da União para o próximo ano e será necessário a importância do trabalho forte da atual bancada federal de Rondônia para assegurar o dinheiro. O orçamento estabelece as prioridades de investimentos para 2019.
Este ano, o município de Porto Velho foi beneficiado com o maior volume de dinheiro através de emenda de bancada federal. Foram assegurados pelos 3 senadores e 8 deputados federais R$ 130 milhões para obras de asfaltamento e drenagem em bairros da zona Leste de Porto Velho. Pelas estimativas da gestão municipal, serão feitos de 75 a 80 quilômetros de pavimentação nova (drenagem e asfalto) e mais 70 quilômetros de recapeamento de vias.
Enquanto as obras seguem na zona Leste, na zona Sul o problema que promete desafiar o futuro governador é outro: finalizar as inúmeras redes coletoras que estão a céu aberto. Com o período das intensas chuvas, a tendência do problema é se agravar. Geralmente, nesse período do ano, devido a forte chuva, as ruas ficam intransitáveis. Será necessário fazer um novo levantamento da atual rede coletora existente. Muitas delas terão de ser refeitas e desobstruídas, o que vai elevar o custo da obra.
O projeto de implantação da rede coletora de esgoto em Porto Velho foi marcado por inúmeras polêmicas. Denúncias infundadas e muita falta de informação acabaram enterrando de vez o projeto, causando um enorme prejuízo à população de Porto Velho. Hoje a realidade do município é outra e o dinheiro aportado na época para a execução do projeto talvez não seria o suficiente para executar a metade do projeto.
Os órgãos de fiscalização e controle tiveram um papel importante na fiscalização da execução, mas não foi o suficiente para evitar o enorme dano causado à população, que segue sem coleta de esgoto.
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