Os próximos doze dias que faltam para as eleições do dia 7 de outubro serão marcados por fatos novos na política. Em entrevista ao site da Câmara Federal, o cientista político Ricardo Ismael, da PUC do Rio de Janeiro, afirma que o eleitor deve ter cuidado ao receber os resultados das pesquisas, que sempre trazem um componente de incerteza e avalia que o eleitor pode estar seguindo esses resultados de forma errada.
De acordo com Ismael, as pesquisas retratam um momento. Ele afirma que dependendo da dinâmica da campanha, aquele momento pode se modificar e às vezes, a mudança acontece nos últimos dias. Em Porto Velho, a eleição para a prefeitura da capital foi marcada pela maior surpresa da história política do município. O prefeito Hildon Chaves (PSDB), que aparece em último lugar na pesquisa, conseguiu chegar no segundo turno.
Os institutos de pesquisa da época não apontavam a liderança de Hildon Chaves, uma vez que ele aparecia em quarto lugar, perdendo a terceira posição para Williams Pimentel (MDB). O tucano conseguiu ir para o segundo turno com Leo Moraes (ex-PTB) e venceu a eleição para a prefeitura de Porto Velho.
O fenômeno pode se repetir nestas eleições novamente em Rondônia. Às vezes, até na véspera da hora do voto, há mudanças na corrida ao governo e à Presidência da República. O cientista político acredita que às vezes há uma precipitação dos eleitores quando migram do seu candidato para outro, porque aquele candidato que ele está abandonando talvez ainda tenha chance de decolar.
Em Rondônia, ainda há um número grande eleitores indecisos. Segundo apontou o instituto Ibope, o percentual de indeciso passa de 20%. É um percentual significativo de eleitores que não sabem em quem votar nas eleições de outubro. Essa dúvida em números representam mais 240 mil eleitores, o suficiente para eleger quase a metade da futura bancada federal de Rondônia.
Para o consultor público Vitor Oliveira, os candidatos estão sempre à procura do chamado “eleitor mediano”, que é aquele eleitor que está no centro, considerando as tendências de esquerda e de direita, mas que também está sujeito ao voto útil. O que seria uma estratégia dos candidatos que fossem para segundo turno da eleição, acabou sendo antecipada. O fato é que nenhum dos candidatos que estão na corrida presidencial tem mais de 50% da preferência do eleitorado. Isso pode ser um indicativo que o candidato terá que apelar para que uma parte daqueles que ainda não manifestam desejo de votar nele o considerem o menos pior.
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