Essa semana, dois aviões desembarcaram no Aeroporto Internacional Jorge Teixeira, em Porto Velho, trazendo a bordo líderes de facções criminosas que tocavam o terror em presídios de Roraima e Goiás. Conforme mostrou a reportagem do Diário, os presos foram transferidos para o presídio federal na capital, onde já abriga os maiores traficantes do Brasil com PHD no mundo do crime.
O presídio federal de Porto Velho se tornou referência no sistema prisional e desde a sua inauguração nunca foi registrada uma fuga. O estabelecimento conta com segurança moderna e os presos vivem um regime diferenciado em relação aos demais presos, mas era de lá que o traficante Fernandinho Beira-Mar se comunicava, através de bilhetes, com os traficantes do Rio de Janeiro.
Mas o problema não é dentro do presídio. O risco reside fora dos muros de proteção. Quando um preso é transferido, traz com ele parentes e advogados. No caso de Fernandinho Beira-Mar, ele se comunicava com outros traficantes através da esposa e também por meio de bilhetes repassados a outros presos.
As cidades que contam com presídio federal, sem dúvida, deveriam receber um tratamento diferenciado do Governo Federal. Quando um presídio recebe presos de alta periculosidade, a população se sente ameaçada. Ao mesmo tempo, outros tipos de crimes jamais vistos na região passam a acontecer com maior frequência.
A Polícia Federal tem um papel importante no monitoramento dessas famílias e a estratégia de segurança é importante para combater o avanço da criminalidade do outro lado dos presídios. Está claro que muitos que estão no presídio federal não têm mais como retornar à sociedade.
Por outro lado, os presídios estaduais se tornaram uma universidade do crime. Os presos que cumprem pena nos presídios estaduais são obrigados a integrar a organizações criminosas e se tornam assessores especiais do crime.
Outra gravidade é a fronteira. Estados que fazem fronteira com outros países precisam ter atenção especial do Estado. Operações integradas de setores de segurança é importante para barrar a entrada de drogas que abastecem os morros liderados por esses traficantes de dentro dos presídios.
Dentro de algumas semanas, estará tramitando no Congresso Nacional o orçamento para o exercício de 2019. O leitor perceberá que o investimento para o setor de segurança não terá mais de 3%, complicando ainda mais a segurança pública nos Estados.
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