Divulgada ontem pelo IBGE, a pesquisa PNA Contínua, revela que pouco mais de 300 mil pessoas conseguiram emprego no trimestre de junho a agosto deste ano. Isso significa que não são mais 13 milhões de pessoas que estão à procura de uma oportunidade de trabalho. São exatamente 12,7 milhões de trabalhadores que acordaram hoje sem qualquer perspectiva de trabalho.
A pesquisa traz uma informação importante. O número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada nesse período ficou estável na comparação com o trimestre anterior (março a maio de 2018). No confronto com o trimestre de junho a agosto de 2017, houve variação de -1,3% (-444 mil pessoas). O número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (11,2 milhões) ficou estável em relação ao trimestre anterior e subiu 4,0% (mais 435 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Essa estabilização é resultado da atual política econômica do governo do MDB, cujo candidato a presidente diz que gerou nos últimos anos mais de 12 milhões de empregos. Como gerar empregos com uma carga tributária pesada. Ao longo dos últimos anos, o governo procurou “arrumar” mais impostos para os empresários pagarem. Aproveitou o embalo das reformas e aprovou a nova Reforma Trabalhista, complicando ainda mais o trabalhador empregado.
O atual cenário econômico fez a classe dos desempregados procurar uma outra alternativa para garantir a sobrevivência. Segundo a pesquisa do IBGE, a categoria dos trabalhadores por conta própria (23,3 milhões) cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 1,9% (mais 437 mil pessoas).
Nos últimos anos, após o Brasil enfrentar os piores momentos da economia, muitos trabalhadores decidiram optar pela informalidade e estão tocando a vida por conta própria. Abriram o seu próprio negócio e estão muito bem no mercado. Alguns ex-trabalhadores conseguiram construir empresas e se transformaram em empreendedores.
O Brasil é um país rico e tem capacidade para gerar mais de 300 mil empregos em três meses. O próximo presidente e governos precisam buscar uma alternativa de atrair essas pessoas para formalidade e para isso contam com apoio do Sebrae. Precisará também discutir uma política profunda e eficaz em torno da redução da carga tributária, facilitando a vida de quem já está no mercado gerando emprego.
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