A implantação da coleta e tratamento de esgoto do município de Porto Velho será um dos principais desafios do próximo governador de Rondônia em 2019. Quem transita pelos bairros da zona Sul de Porto Velho, terá a oportunidade de constatar inúmeras redes coletoras de esgoto inacabadas, causando transtornos à população.
Não se pode esquecer que a capital rondoniense foi contemplada com mais de R$ 540 milhões, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal e o governo Estadual. Desse montante, R$ 399 milhões foram assegurados pela União e R$ 142 milhões pelo Estado. Ocorre que o contrato não avançou e o município acabou ficando sem o dinheiro.
Não adianta agora querer eleger um culpado e chorar pelo feito derramado. Dentro de alguns dias estará tramitando no Congresso Nacional o Orçamento Geral da União para o próximo ano e será necessário a importância do trabalho forte da atual bancada federal de Rondônia para assegurar o dinheiro. O orçamento estabelece as prioridades de investimentos para 2019.
Este ano, o município de Porto Velho foi beneficiado com o maior volume de dinheiro através de emenda de bancada federal. Foram assegurados pelos 3 senadores e 8 deputados federais R$ 130 milhões para obras de asfaltamento e drenagem em bairros da zona Leste de Porto Velho. Pelas estimativas da gestão municipal, serão feitos de 75 a 80 quilômetros de pavimentação nova (drenagem e asfalto) e mais 70 quilômetros de recapeamento de vias.
Enquanto as obras seguem na zona Leste, na zona Sul o problema que promete desafiar o futuro governador é outro: finalizar as inúmeras redes coletoras que estão a céu aberto. Com o período das intensas chuvas, a tendência do problema é se agravar. Geralmente, nesse período do ano, devido a forte chuva, as ruas ficam intransitáveis. Será necessário fazer um novo levantamento da atual rede coletora existente. Muitas delas terão de ser refeitas e desobstruídas, o que vai elevar o custo da obra.
O projeto de implantação da rede coletora de esgoto em Porto Velho foi marcado por inúmeras polêmicas. Denúncias infundadas e muita falta de informação acabaram enterrando de vez o projeto, causando um enorme prejuízo à população de Porto Velho. Hoje a realidade do município é outra e o dinheiro aportado na época para a execução do projeto talvez não seria o suficiente para executar a metade do projeto.
Os órgãos de fiscalização e controle tiveram um papel importante na fiscalização da execução, mas não foi o suficiente para evitar o enorme dano causado à população, que segue sem coleta de esgoto.
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