A queda na popularidade do governo de Michel Temer (MDB) foi mais acentuada nas regiões Sul e Norte/Centro-Oeste, conforme apontou essa semana pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) Ibope. O percentual dos que consideram o governo como ruim ou péssimo cresceu, respectivamente, alcançando 82% e 81%. O crescimento foi de 9 pontos em relação a última pesquisa encomendada pelo Instituto.
Trata-se da maior rejeição de um presidente da República, desde que começou a ser a realizada a pesquisa. O emedebista também tem grande rejeição no Sudeste, que subiu de 77% para 81%. No Nordeste, houve recuo na comparação com junho, de 89% para 83%, na margem de erro.
A primeira rejeição de Temer foi avaliada em junho de 2016. A estreia da avaliação do governo peemedebista ocorreu no momento em que Temer nomeou ministros com fortes suspeitas de fazerem parte de um esquema de recebimento de propina através da Petrobras. A pesquisa, na época, foi feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). De acordo com a sondagem, a avaliação do governo do presidente interino Michel Temer é negativa para 28,0% e positiva para 11,3%. O primeiro desgaste do governo foi a indicação do ministro Romero Jucá para o Ministério do Planejamento. Jucá foi gravado pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, sobre as articulações políticas para abafar a operação Lava Jato no governo Temer.
Em relação à maneira de governar, a desaprovação cresceu de forma mais acentuada entre os entrevistados com 55 ou mais anos: subindo de 81% para 87%, na comparação com junho. Quando se avalia a confiança no presidente Temer, a popularidade caiu mais entre a população com ensino médio completo e educação superior. O percentual que considera o governo ruim ou péssimo foi de 94% e de 96%, respectivamente, com altas de 5 e 6 pontos percentuais nesses dois grupos de entrevistados.
O governo Temer até hoje não conseguiu implantar medidas positivas no seu governo. As políticas e as ações do Governo Federal são reprovadas por, pelo menos, 79% dos entrevistados. A maior taxa de desaprovação é para a área dos impostos, que desagrada a 92% dos brasileiros, seguida da taxa de juros (89%), do combate ao desemprego (89%), da saúde (89%) e da segurança pública (87%). Os percentuais de desaprovação oscilaram positivamente para quase todas as áreas avaliadas. Temer terá muita dificuldade para eleger representantes no Congresso Nacional, apesar do partido investir pesado na distribuição do fundo partidário para os candidatos à reeleição nos Estados.
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