|
Nilton Capixaba foi eleito coordenador da bancada |
Porto Velho, Rondônia - Eleito
na última quarta-feira ao cargo de coordenador da bancada federal
rondoniense para 2013, o deputado Nilton Capixaba (PTB-RO) enfatizou,
em entrevista exclusiva ao Diário
as principais causas dos parlamentares do estado, citando como maior
prioridade a captação de recursos da União para saúde e educação.
Ressalta como questão de honra a solução dos casos da transposição
e da dívida do Beron, bem como aspirações do porte da construção
de pontes (a internacional, ligando o Brasil a Bolívia), uma segunda
na altura do Abunã (Rondônia ao Acre), além das restaurações das
rodovias federais
O
empresário Nilton Capixaba tem 50 anos de idade, é natural de
Cuparaque, Minas Gerais e reside há 21 anos de Rondônia. Sua base
eleitoral é Cacoal. Ocupa o cargo de presidente regional do PTB, é
casado, pai de três filhos. Antes de se transferir para Rondônia,
morou durante 30 anos no Espírito Santo, no município de Alto Rio
Novo de onde adquiriu o apelido de “Capixaba”. Empresário da
compra e venda de café em Cacoal, ele ingressou na política a
convite dos veteranos Chagas Neto, Odacir Soares e Divino Cardoso e
foi eleito para seu primeiro mandato em 98. Confira, abaixo, seu
depoimento.
Diário
– Como foi sua eleição para o cargo de coordenador da bancada
federal?
Nilton
Capixaba – Existe um rodízio de lideranças na bancada e, na
eleição deste ano, tive a felicidade se ser eleito num a disputa
travada com outro pretendente, o deputado Moreira Mendes (PSD).
Diário
– No seu entendimento, quais são os principais desafios
rondonienses para os próximos anos?
Nilton
Capixaba – Temos questões cruciais pela frente como a
transposição, buscar solução para o caso da dívida do Beron. No
que se refere a capital, os viadutos, recursos para o saneamento
básico em todo estado. É essencial a recuperação da BR- 364, a
conclusão da BR 429 (que dá acesso a Costa Marques), a rodovia 421
de Ariquemes a Montenegro. Temos que estruturar a Unir que esta em
cacos, apoiar as escolas técnicas federais em todo estado. Podemos
incluir, entre as bandeiras de relevância, as pontes Guajará Mirim
e aquela de ligação ao Acre. São causas unânimes da bancada que
vamos buscar junto, sabendo-se que a saúde e a educação são as
prioridades máximas.
Diário
– No que tange as relações da bancada federal com o governador do
estado. Existe um bom entendimento?
Nilton
Capixaba – Nas ações do governo estadual não tem ninguém
contra. Todos parlamentares são a favor do estado, e a bancada esta
unida a favor de Rondônia. Não temos também ninguém fazendo
oposição ao governo federal e isto facilita o atendimento de nossas
reivindicações. Não tem ninguém na oposição.
Diário
– O que representa a lei dos royalties para os estados?
Nilton
Capixaba – Com o pré-sal, sou a favor que os estados sejam também
beneficiados, além dos pólos petrolíferos como acontece hoje. Esta
é uma riqueza nacional, deve ser repartida. Proponho que sejam
fatiados estes recursos e que se invista na educação. Ainda não
existem números definidos, mas a lei aumentaria em muito o aporte de
recursos para Rondônia.
Diário
– A União tem liberado todos os recursos de emendas?
Nilton
Capixaba – É a nossa luta agora. É hora de garantir a liberação
e vamos buscar isto com todas as nossas forças. São importantes
para o estado e municípios. São R$ 25 milhões por bancada e R$ 15
milhões nas individuais. Cada parlamentar pode trabalhar com
recursos na ordem de R$ 40 milhões para suas bases. Algo já foi
liberado e outro tanto falta para ser liberado.
Diário
– Como funcionam as emendas coletivas?
Nilton
Capixaba – São 15 emendas coletivas e tratam de recursos
destinados para obras de infraestrutura, equipamentos, estradas,
saúde, universidade federal aeroporto de Ji-Paraná, pontes, etc.
Diário
– O governo estadual pretende implantar uma rodovia paralela a BR
364. Qual sua opinião a respeito?
Nilton
Capixaba – È uma estrada importante para desafogar a BR 364, mais
tem coisas que reputo mais importantes neste momento, para serem
resolvidas, que é o problema de saúde no estado. Ainda faltam
médicos, materiais e até remédios nos hospitais.
Diário
– Rondônia tem crescido acima de 7 por cento ao ano. Como explicar
a crise governamental com demissões, já em andamento nos Poderes
Executivo e Legislativo?
Nilton
Capixaba – O governador Confúcio quando assumiu aumentou algumas
despesas com o Plano Futuro e outros projetos além de reajustes do
funcionalismo. Mas os repasses federais diminuíram, a arrecadação
baixou. Outra situação é que a arrecadação do ICMS do óleo
queimado para a usina termoelétrica acabou. Por último, a epopéia
das usinas estão desacelerando, muita gente indo embora o que
representa menos consumo e menor arrecadação de impostos.