Espigão do Oeste, Rondônia - Com
alta tecnologia a empresa Globoaves, que no estado mantém a marca
‘Avenorte’ e Valesul, cresce focada na preocupação ambiental e
principalmente no tratamento humanitário aos animais e condições
sanitárias excelentes – conforme preconiza a normatização
brasileira. A reportagem do Diário acompanhou um turno da produção
desta megaempresa, situada em Espigão d’Oeste, que gera 620
empregos diretos e mais de 1,2 mil indiretos no município e região.
A visita teve o acompanhamento do gerente da unidade Ademir de Souza,
do gerente de fomento local Lourival Specia e do gerente corporativo
de fomento Álvaro José Baccin.
No
frigorífico da empresa são abatidos diariamente mais de 50 mil
frangos. Na incubadora nascem até 320 mil pintos por semana, um
total de 1,4 mil animais por mês. Segundo informações repassadas
pelo gerente da unidade local, a empresa atua no sistema integrado,
em parceria com vários criadores do estado. “Atualmente existem 90
galpões com produção de animais exclusivamente para suprir a
demanda da empresa”, disse Ademir.
Além
disso a Globoaves produz a própria ração utilizada para
alimentação do frango – com fórmula preparada por nutricionistas
especializadas, na matriz, situada em Cascavel,no Paraná. A
preocupação com o teor nutricional da ração visa tanto a
qualidade de vida dos animais quando a própria qualidade da carne.
Grande parte da produção do frigorífico de Rondônia é
comercializada no próprio estado, e outra parte com os estados do
Amazonas e Acre.
Segundo
informou o gerente corporativo da empresa, Álvaro Baccin, a
Globoaves tem uma meta ambiciosa de expansão em Rondônia até junho
de 2015. Até lá pretende praticamente dobrar a produção com mais
100 granjas produzindo exclusivamente para atender a sua demanda.
Isso deve provocar um impacto direto na geração de empregos e renda
na região. “Devemos dobrar os turnos de trabalho e contratar mais
gente, gerando mais de dois mil empregos”, analisou. E a empresa
está em busca de parceiros para a criação de frangos.
Qualidade
é o foco no processo
As
galinhas matrizes da raça Cobb 500, melhoradas geneticamente e
criadas de forma especial para garantir maior produtividade e
qualidade da carne, são do Estado de Minas Gerais. De lá da região
vem a qualidade dos animais a serem reproduzidos em Rondônia. Os
ovos são mantidos em incubadoras durante 19 dias, e logo depois
passam para o nascedouro para completarem 21 dias – o tempo normal
de choca de uma galinha comum.
Ali,
nas incubadoras, todo o processo natural é reproduzido, o que
garante animais perfeitamente saudáveis.
Logo depois de nascidos uma parte dos pintos é vendida para lojas agropecuárias e 78% são encaminhados para integração, onde permanecem em condições adequadas para crescimento por 41 dias, quando atingem o peso ideal de 2,4 quilos em média.
Somente no município de Cacoal existem 16 galpões para criação de frango, com 35 mil animais em média, cada um deles. Depois do período de crescimento, os animais são levados ao frigorífico da empresa, onde serão abatidos em condições consideradas ‘humanitárias’. Isso pressupõe tanto o tratamento durante a vida do animal – que constam no Plano Nacional de Sanidade Agrícola – quanto aos procedimentos padrão.
Os
animais são bem tratados, com água e ração de qualidade, tem
espaço suficiente para viverem sem stress por espaço, podem
expressar seu comportamento natural, vivem em ambiente com luz e
temperatura adequada, em condições saudáveis. Além disso, antes
do abate, os animais passam por um atordoamento leve para que fiquem
sedados, para que não possam sentir dor durante o procedimento, que
dura apenas alguns segundos.
Após a limpeza e retirada de penas, vísceras e separação os frangos passam pela Inspeção Federal que analisa todas as carcaças e posteriormente para o setor de pré-resfriamento e embalagem e passando para o túnel de congelamento e mantidos a temperaturas baixíssimas, em torno de menos 30 graus, durante até 20 horas. Depois são mantidos a temperatura de menos 30 graus até serem encaminhados para a distribuição.
Após a limpeza e retirada de penas, vísceras e separação os frangos passam pela Inspeção Federal que analisa todas as carcaças e posteriormente para o setor de pré-resfriamento e embalagem e passando para o túnel de congelamento e mantidos a temperaturas baixíssimas, em torno de menos 30 graus, durante até 20 horas. Depois são mantidos a temperatura de menos 30 graus até serem encaminhados para a distribuição.
Todo
o procedimento conta com a inspeção federal permanente, tanto
durante o processamento de carnes, quanto no cumprimento de normas de
segurança, enfatiza a gerência da empresa.
A
empresa é pioneira em processos de regionalização da produção no
país, o que também contribui para que a avicultura brasileira seja
considerada hoje uma das mais desenvolvidas do mundo. Neste sentido
trabalha com biosseguridade, tratamento de resíduos, e todos os
processos tem alto padrão de exigência de limpeza e assepsia. Após
serem incubados por 19 dias ao serem transferidos para os nascedouro
os ovos recebem uma dose de vacina contra três doenças, a
doença de Marek, doença de gumboro e doença de bouba aviária. O
procedimento é feito em uma máquina chamada Embritec, com
capacidade de vacinar até 20,7 mil ovos a cada 25 minutos. Além de
garantir animais mais saudáveis, os procedimentos de segurança
também garantiram a Globoaves um status diferenciado no mercado. A
empresa é atualmente fornecedora de ovos utilizados para a produção
da vacina da gripe, pelo instituto Butantan, no Rio de Janeiro.
Texto e fotos: Carolina Sá
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