23 de outubro de 2015

A oferta de voos e o preço das passagens

O estudo o “O Brasil que Voa - Perfil dos Passageiros, Aeroportos e Rotas do Brasil”, divulgado ontem pela Secretaria de Aviação Civil (SAC), em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), mostra que em Rondônia não existe demanda de passageiros para entrar em operação novos voos no Estado. 
Talvez esse seja o principal motivo da redução de frota de aeronaves que fazem o trecho Porto Velho-Brasília. O interior do Estado também foi prejudicado com a saída de aeronaves de grande porte. Em decorrência desse cenário, o preço das passagens aéreas da região Norte sofreu um aumento bem salgado. 
O Diário fez um levantamento do valor do preço da passagem de avião no trecho Manaus-Fortaleza, cujo valor chega aproximado de R$ 1,300,00. Se o leitor sair de Porto Velho com o mesmo destino, o preço chega a R$ 3 mil. Um absurdo. O assunto já foi tema de audiência pública no Senado Federal, mas até o momento não existe mudança positiva sobre a questão. 
Rondônia tem investido pesado na melhoria da infraestrutura dos aeroportos na capital e interior do Estado. Cacoal, por exemplo, conta com uma das maiores pistas de pouso do Brasil. Ji-Paraná, segundo maior  município do Estado, também recebeu investimentos na pista e sinalização. Porto Velho, capital de Rondônia, possui um aeroporto internacional, mas não tem ainda alfandegamento, o que inviabiliza o município de receber voos internacionais. 
A Federação do Comércio do Estado de Rondônia (Fecomércio) tem se esforçado no sentido de viabilizar junto aos setores competentes, a instalação definitiva do sistema de alfandegamento, mas as dificuldades ainda precisam ser superadas. Até lá, não é certeza da região Norte ampliar o número de oferta de voos à população. 
O estudo divulgado pela SAC, mostrou que  pelo menos 252 cidades têm mercado para novos trechos aéreos, com uma ocupação superior a 50% das aeronaves. Conforme o relatório, entre os voos diretos com maior potencial de demanda estão as rotas entre Rio de Janeiro (RJ) e Vila Velha (ES); Blumenau (SC) e São Paulo; Campo Grande (MT) e Rio de Janeiro; e entre Macaé (RJ) e Santos (SP).
Rondônia precisa sim ampliar o número de ofertas de voos, mas o problema maior hoje está na discrepância do preço da passagem área em relação aos demais Estados. O governo Estadual tem se esforçado ainda com a redução do percentual do ICMS para atrair o interesse das empresas, mas nem essa oferta tem sido suficiente para fazer cair o preço da passagem aérea.

Nenhum comentário:

Postar um comentário