Parlamentares de Rondônia e Amazonas antes da saída |
Composta por lideranças políticas de Rondônia e do Amazonas, empresários, lideranças ligadas à Federação da Indústria de Rondônia (Fiero), profissionais da imprensa local, regional e nacional, a Comitiva tem por finalidade mostrar para o Governo Federal a importância da Rodovia BR-319 para a integração do Amazonas e de Roraima, os dois únicos Estados brasileiros que não possuem ligação terrestre com o restante do Brasil e que depositam a esperança do desenvolvimento econômico e social na restauração da Rodovia.
Durante a concentração no pátio do Sistema Gurgacz de Comunicação, onde foi montada uma tenda para recepção das autoridades, a expectativa quanto a viagem não se concentrou apenas na questão das dificuldades a serem enfrentadas nos mais de 880 quilômetros a serem percorridos, onde certamente encontrarão muitos atoleiros, pontes em condições preçárias e uma estrada onde a trafegabilidade neste período de chuvas é quase impossível, mas sim, na esperança de contribuir na busca pelo caminho da sustentabilidade que é a restauração da BR-319.
Composta por dois ônibus disponibilizados pela Empresa Eucatur e um ônibus zero quilômetro enviado especialmente pela Volvo do Brasil e pela montadora Marcopollo, que querem marcar presença nessa nova fase de desenvolvimento da região amazônica, nesta primeira etapa do percurso até a cidade amazonense de Humaitá, a caravana contou com quase uma centena de veículos, o que demonstra a preocupação das lideranças rondonienses com a abertura da rodovia, que além de proporcionar a integração, também garante a abertura de dois importantes mercados para a indústria de produção rondoniense, que é Manaus (AM) e Boa Vista (RR).
Caminhão transportando peixe faz parte da caravana |
A BR-319 como solução e não preocupação
Ao falar para os integrantes da Caravana que segue pela BR-319, de Porto Velho a Manaus, o senador Acir Gurgacz fez questão de mostrar a real visão sobre a importância da restauração da rodovia. Segundo o parlamentar, a reabertura, ao contrário do que se prega, significa uma solução para os problemas ambientais e não uma preocupação para a floresta amazônica.
De acordo com Acir, a estrada restaurada, vai permitir melhor fiscalização por parte dos órgãos ambientais, Polícia Rodoviária Federal e até da própria população, pois, condições de trabalho e acessibilidade, o combate ao desmatamento ilegal e tantos outros problemas embrenhados floresta adentro, farão com que os madeireiros clandestinos, caçadores de animais silvestres e tantos outros infratores, que hoje se encobrem com a precariedade da rodovia que não permite a fiscalização, comecem a temer pelos seus crimes e infrações, uma vez que os órgãos de fiscalização poderão monitorar todos os 880 quilômetros de rodovia com mais frequência, garantindo sustentabilidade à Floresta Amazônica.
Balsas
Sobre a atividade das balsas, que supostamente teriam prejuízos com a restauração da rodovia e seriam virtualmente os maiores prejudicados com a retomada do tráfego de veículos e caminhões, o senador afirmou que pouco ou quase nada mudará com a reabertura da BR-319, pois o transporte de cabotagem continuará sendo feito pelas balsas, uma vez que, segundo ele, é o transporte fluvial, o modal mais barato do mundo e o transporte terrestre não tem como competir.
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