20 de outubro de 2015

A rebelião dos presos no Urso Branco

Rebelião no presídio Urso Branco. Foto Roni Carvalho
A semana começou bastante movimentada em Porto Velho com um problema bem antigo que ronda vários presídios estaduais e federais instalados pelo Brasil: a superlotação nas casas de detenção e denúncias de maus-tratos, além do comércio de drogas livre nas celas e privilégio de alguns presos. Desta vez, o foco é o presídio Mário Alves, o popular Urso Branco, maior presídio do Estado.
O Urso Branco ficou conhecido internacionalmente por ser cenário de várias mortes, entre elas, a chacina que resultou em 45 mortes no mês de janeiro de 2002. Naquela época, os detentos disputavam o controle da unidade prisional e trabalhavam um plano de fuga em massa. Como não deu certo, a alternativa foi promover a disputa pelo comando do presídio e colocar em sacrifício os delatores do plano de fuga.
Desta vez, ao que parece, a disputa não é pelo controle da unidade prisional. Pelo menos foi a informação que chegou nas primeiras horas da manhã de segunda-feira. Durante um bom tempo, após várias rebeliões macabras, não se propagava notícias sobre a situação dos presos que escaparam de rebeliões na casa de detenção.
Vários investimentos foram feitos no presídio, mas a estrutura física do prédio para receber os detentos permanece a mesma. A única mudança significativa foi o aumento da população carcerária no local. Dados do Ministério da Justiça, através do Departamento Penitenciário Nacional, revelam que em Rondônia a população de presos sofreu aumento considerado.
Mesmo que o governo invista pesado na construção de novas celas para receber presos, será difícil conseguir colocar todos os condenados no atual sistema prisional que é oferecido no Brasil.

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